#Coroa #Gay
Por Orlando
Depois que eu parei de chorar, meu sogro falou que tava na hora de a gente ir embora. Nos enrolamos nas toalhas que tinham ido para longe e fomos pra o chuveiro. Tomamos um banho rápido, pegamos nossas roupas nos armários e saímos de lá.Fizemos tudo isso em silêncio: ele estava quieto e eu tava ainda com bastante vergonha, pois, afinal, ele tinha percebido que eu enganava a filha dele e não sabia o que ele faria ou o que eu deveria fazer.Entramos no carro, ele deu algumas voltas, parou em frente a uma farmácia e pediu pra eu esperar que voltaria logo. Ele realmente não demorou e voltou com uma sacola e uma garrafa de água. Olhou pra mim e perguntou:– Tá doendo muito?– Um pouco.– Toma isso aqui. _ e me deu um comprimido e a água pra ajudar. _ Vai doer ainda por alguns dias, é normal. Mas se a dor tiver muito insuportável, toma isso umas 2 vezes por dia. E esse_ e me deu uma caixa de pomada_ é pra passar lá se você tiver algum sangramento.– Sangramento? _ perguntei assustado.– Às vezes acontece, ainda mais que foi a sua primeira vez. Mas eu acho que não vai, não: fui muito cuidadoso. Mas se acontecer, passa, ok?Só balancei a cabeça. Aquele homem estava sendo muito bom pra mim, acho que ele não precisava se preocupar assim comigo, mas se preocupava. Acho que poucos fariam a mesma coisa. Eu estava muito agradecido.Só que quanto mais agradecido eu estava, mas eu tinha vergonha de ter enganado a filha dele. Eu sentia uma necessidade absurda de me desculpar, de dizer que ia terminar ela, que sumiria da vida deles e os deixaria viver em paz sem a minha presença enganadora. Sentia vontade de chorar de novo.– Me desculpa por ter engando a sua filha. _ falei com uma voz que quase não saiu.– Não, não precisa pedir desculpa. Eu sei como são essas coisas. _ falou de forma gentil.– Mas eu não devia…eu prometo que vou terminar com ela.– Não, não, você não vai fazer isso. Olha, hoje foi um dia muito especial, tivemos uma tarde maravilhosa, foi a sua primeira vez. Vamos deixar as coisas assim e semana que vem a gente marca e conversa e decide tudo o que faremos.– Mas…– Calma, garoto. Eu garanto a você que te entendo. E na semana que vem a gente conversa e decide tudo. Agora cada um vai pra sua casa, descansar e guardar na memória esses momentos maravilhosos que tivemos.Eu não sabia o que pensar, mas achei a ideia dele muito boa.– Eu não vou contar pra ninguém, não posso, né? E nem você vai contar, né? Vai agir normalmente! Se for lá em casa antes de a gente ter a chance de voltar a conversar, finge que nada aconteceu. E se não achar que vai conseguir, diz que tá gripado, com dor de barriga, qualquer coisa. Mas não faz nada agora, vai pra casa, relaxa e assim que der a gente conversa e resolve tudo. _ e ele segurou o meu queixo, aproximou o seu rosto do meu e perguntou de modo delicado e sedutor_ Você confia em mim?Aquele olhar tinha tanta ternura que eu me senti totalmente acolhido e protegido. E a única coisa que consegui fazer foi balançar a cabeça de modo afirmativo. E do nada, ele me beijou apaixonadamente. Eu me esqueci completamente que estava dentro de um carro, no meio da rua e retribuí o beijo da melhor forma que pude.
Alguns dias depois, ele me ligou, me pegou em casa e fomos para uma praia. Era de noite e tinha pouca gente, muito difícil alguém vir nos perturbar ali.– Como você tá? Tá melhor?– Sim, não tá doendo mais. Nem chegou a sangrar.– Que bom! Que alívio. Eu queria poder te levar num lugar mais reservado, mas tenho pouco tempo hoje e se a gente não se visse hoje, só semana que vem. Tenho certeza que você tá ansioso pra resolver isso logo, né?– Sim. _ eu tentava aparentar calma, mas eu tava bem nervoso.– Pra gente não perder muito tempo eu pensei em falar primeiro, dizer o que podemos fazer e depois você me fala o que você quer e decidimos juntos, ok?– Ok.– Mas antes preciso saber de uma coisa. E pode falar sem medo: você gosta de meninas também ou só de meninos?– Eu…– Pode falar, garoto. Juro pra você que eu entendo. Sei que muitas vezes a gente tenta namorar uma menina pra ver se dá certo, se desperta o hétero na gente. Foi isso?– Eu não queria_ estava quase chorando_ a Vanessa insistiu muito. Ela é uma menina linda, vi que ela tinha se interessado e resolvi tentar, mas…– Mas você não curtiu.– Não é ela, ela é linda! Mas…– Eu sei! A minha filha é linda e tem muito bom gosto! Se na idade de vocês, eu tivesse te conhecido, nunca mais eu te soltava. _ falou me olhando de forma muito doce.– E você?– Eu gosto de meninos e meninas! Sou bi! E amo minha esposa! Apesar do que apronto, nunca traí ela com uma mulher. É que eu preciso também de coisas que ela não pode me dar. _ e piscou de forma safada.– Entendi. Eu só gosto de homens e por isso…– Calma, vou falar agora a minha ideia, Ok?– Tá.– Eu acho que você precisa terminar com a Vanessa, não é justo com ela. Mas não agora, porque tá perto do vestibular, ela vai sofrer, perder muitos dias de estudo chorando e vai se prejudicar. Então eu gostaria _ repetiu _ gostaria que você continuasse namorando com ela e depois que isso tudo terminar, no ano que vem, aí você termina.– Mas não vai ser pior? Quanto mais dias passarem?– Não sei, mas acho que no ano que vem, sem essa turbulência que é o vestibular, ela vai sofrer menos. E, claro, se você terminar agora, vai ficar mais difícil a gente se ver. Que desculpa eu vou dar, se tiver que sair e bater um papo com meu ex-genro? Vai ficar estranho, né? Bom, isso se você quiser continuar me vendo, né? Então, o que você acha?– Eu juro que não esperava isso. Você é incrível! Acho uma ótima ideia!– Yes! Oh, mas em casa, nenhuma bandeira, hein? Se você quiser, a gente pode continuar se vendo, se curtindo. Quando você arrumar outro ou simplesmente não quiser mais o sogrão aqui, só falar que tiro meu time de campo.– Tá bom.– Sabe de uma coisa? Eu tava doido pra gente curtir agora, tô de pau duro desde que a gente se sentou.
Olhei pra baixo e vi ele apertando o pau por cima da bermuda. Meu coração acelerou.– Mas eu tô sem tempo. Vou ver se consigo um tempo pra gente amanhã ou depois, viu?– Tá bom. _ falei um pouco decepcionado.– Gostou do meu novo perfume?– Perfume? Só o de sempre. _ falei sem entender– Cheira aqui. _ e ele me deu a mão dele pra cheirar.– Isso é o cheiro do seu pau? _ falei alarmado.– Você é tão distraído. Sente o cheiro do meu perfume. _ falou de forma bem safada. Enquanto eu sentia o cheiro daqueles dedos com que ele tinha manipulado o seu pau.– Que pena que a gente não tem tempo. _ falou passando os dedos nos meus lábios. _ Sente o meu perfume, sente o meu gosto nesses lábios deliciosos.
Por Orlando
#Coroa #Gay