Hoje eu sou um senhor aposentado, de bem com a vida, bem-sucedido profissionalmente, que sempre teve bons empregos, dada à minha formação educacional e profissional, o que me possibilitou gozar a vida em sua plenitude. Sempre tive uma postura um tanto quanto hedonista, apreciador de boa comida, boa comida, viagens e, é claro, sexo. Posso me considerar como um homem pansexual, alguém que obtém prazer com pessoas, qualquer que seja o sexo, qualquer que seja o gênero. Sexo é algo fundamental na minha vida desde que eu era muito novo. E nesse conto vou narrar como tudo começou.
Muitos começam na infância ou pré-adolescência com amigos ou amigas. Não foi diferente comigo. Fabrício e eu fomos criados juntos desde os dois ou três anos de idade. Ele é mais velho que eu apenas um ano. Já não nos vemos mais há mais de quatro décadas, mas durante nossa juventude vivíamos grudados. Mudamos quase ao mesmo tempo para a mesma rua em um bairro novo, recém-aberto na zona sul de São Paulo. Nossas famílias se tornaram amigas. Sempre estavam juntas nos fins de semana de pizza, nas comemorações, nas viagens. Eu e Fabrício éramos muito parecidos fisicamente. Ambos de cabelos e olhos pretos, pele branca, ligeiramente amorenada pelo sol que tomávamos com frequência no clube ou no sítio do pai dele. Ele era um pouco mais encorpado que eu, quer seja pela idade maior, quer seja pelo próprio biotipo. O fato é que muita gente achava que éramos irmãos. E, de certa forma, apesar de não ter o mesmo sangue, éramos.
Essa convivência trazia situações absolutamente naturais para nós. Sempre tomávamos banho juntos, em viagens dormíamos no mesmo quarto, às vezes até na mesma cama. Foi no banho que descobrimos que nossos pintinhos cresciam. Ríamos muito um do outro com isso. O dele era um pouco maior. Sempre foi. Mas sinceramente, isso nunca foi um problema.
Começamos a nos tocar, ainda cada um por si, sem contar um ao outro, e descobrir que aqueles toques davam prazer. E um dia no banho, não sei se ele ou eu, resolveu contar ao outro sobre aquilo. Acho que foi ele. Fabrício foi sempre o mais ousado de nós dois. E então passamos a nos tocar um na frente do outro. Juntos descobrimos a masturbação e vimos nossos pintinhos pela primeira vez soltarem aquele liquidozinho parecido com água quando o prazer finalmente chegava.
E depois começamos a tocar um ao outro. Foi uma coisa natural. Dessa vez, fui eu a propor. Lembro bem. “Brinca com meu pinto, Fabrício?” eu falei ainda meio inseguro. “Se você brincar com o meu também,” ele respondeu. Eu assenti com a cabeça. “Lógico, irmãozinho.” Era assim que nos chamávamos. Irmãozinho. E então descobrimos a masturbação conjunta.
Foi Fabrício que pela primeira vez gozou porra de verdade. Foi pouquinho, mas a gente percebeu que a consistência e a cor eram diferentes. A gente já sabia disso. Tínhamos ouvido os meninos mais velhos da rua falarem sobre isso. Aliás, essas brincadeiras só fazíamos entre nós. Com os outros meninos, nunca. Éramos os mais novos e, é claro, não queríamos que achassem que nós éramos “bichinhas.”
Poucos meses depois, eu também ejaculei porra de verdade. Fabrício, o mais ousado quase sempre, pegou um pouco na ponta do dedo e experimentou. “Até que não é ruim,” ele riu.
E um dia, então, veio a revelação de que poderíamos ir muito, muito mais longe nos nossos prazeres conjuntos. Estávamos procurando alguma coisa no armário do pai dele e em uma caixa, debaixo de um monte de livros, encontramos algumas revistinhas que na época eram chamadas de “catecismos.” Eram revistas que se dizia vinham da Suécia, com lindas loiras e homens fortes fodendo e algumas com homens apenas transando. A gente sabia da existência delas, pois eram vendidas em bancas de jornal, mas nunca tínhamos visto uma, já que elas eram expostas dentro de um plástico leitoso e garotos nem seque podiam chegar perto de uma, quem dirá comprar.
Pegamos algumas e fomos para o quarto de Fabrício. A simples visão daquilo deixou meu jovem pintinho duro como nunca havia ficado. Fabrício também era todo excitação. Já naquela época a nossa ereção era mais forte, firme e uma leve penugem começava a aparecer no saco e no púbis. Ficamos “horas” folheando as revistinhas e batendo um para o outro, gozando uma, duas, três, não sei quantas vezes. Naquele dia colocamos as revistas de volta, na mesma posição. Mas ansiávamos para ter uma outra sessão como aquela.
É claro que já tínhamos ouvido falar sobre sexo na escola da rua, mas nunca passou pela nossa cabeça ir além de nossas punhetas conjuntas. Só que as revistinhas nos abriram um mundo novo. E mais. As revistas chamadas “gay” nos mostraram que homens podiam fazer sexo com homens.
E então aconteceu. Como tudo entre nós, aconteceu naturalmente. Um dia, no meio de nossa gostosa punheta com as revistinhas, Fabrício me pergunta. “Ale, você teria coragem de fazer isso?” Por um momento eu fiquei pensativo. “Isso o que? O que os caras fazem nas revistinhas?” Eu perguntei. “Sim.” Ele disse meio envergonhado, talvez já arrependido de sua pergunta. “Acho que sim,” eu disse. “Mas será que não deve doer?” Eu perguntei. “A gente não vai saber se a gente não tentar,” ele falou. E foi assim.
“Já sei,” disse Fabrício. “Vamos começar chupando um ao outro, como esses dois aqui na revista. O pau vai ficar molhado e deve entrar mais fácil. Vê como eles fazem isso sempre antes de meter.” Na hora eu topei. A gente tinha acabado de tomar um banho, então achei que não ia ter nojo. Eu me abaixei e coloquei o pau dele na minha boca. Por intuição, eu achei que deveria fazer com a boca o que eu fazia com a mão, só que chupando e lambendo. Deu certo. Fabrício começou a gemer muito, olhos fechados. E na minha boca veio o gosto meio salgado do pré gozo. “Ai, irmãozinho. Como isso é bom!”
Chupei e babei muito o pau de Fabrício, até pedir pra trocar. “Chupa o meu, irmãozinho. Quero ver como é.” E ele caiu de boca na minha pica. Lambia, dava pequenas mordidas, ia se soltando e ficando mais criativo nos seus carinhos. Eu enfiava meus dedos no cabelo dele, comprido, e até forçava a cabeça dele para mais junto da minha pélvis. Engraçado, eu penso hoje. Acho que algumas coisas são instintivas, atávicas. Ninguém precisou nos ensinar. Nós fomos descobrindo o que nos dava prazer.
“Vamos meter?” Eu perguntei. “Vai você primeiro,” ele disse, “seu pau está mais melado”. Colocamos uma revistinha de lado e começamos a imitar as posições dos caras fotografados. Ele ficou de quatro. Meio desajeitado, eu vim por trás e comecei a esfregar meu pau na bundinha dele. Meu caralho que já estava duro, ficou igual uma rocha. Nunca tinha sentido aquilo. Uma excitação, um calor, um fogo, nada que na época eu pudesse definir. Tentei forçar a entrada, mas não conseguia encaixar. Então ele colocou uma das mãos para trás, como havia visto na revista, e encaixou a cabeça do meu pau na entrada do seu cu. Empurrei devagar, entrando, a princípio encontrando resistência. Ele gemeu. “Está doendo?” Eu perguntei. “Um pouco. Mas acho que é gostoso.”
E então fui empurrando, até meu pau estar inteiro dentro dele. Ele gemeu mais uma vez. Por algum tempo fiquei ali parado, deixando o cuzinho dele apertar e se acostumar com o meu pau. E então comecei a ir para frente e para trás, sempre lembrando do que dava prazer na punheta. Foi indescritível. Eu já não me controlava direito. Eu me movia entrando e saindo dele cada vez mais rápido, mais forte. Metendo muito, agarrando-o pela cintura, indo e voltando, suando, respiração descompassada. Eu gemia, eu arfava, já quase completamente esquecido de que Fabrício estava debaixo de mim. Por um momento achei que havia escutado ele gemendo e sentido seu corpo estremecer. Até que de repente eu não aguentei mais. Gozei como nunca havia gozado. Um estremecimento no corpo inteiro, os músculos rígidos e depois o cansaço, o amolecimento. Eu me joguei de lado na cama. Fabrício tinha no quarto dele uma cama de casal, herdada da avó, eu acho. Ele se deitou ao meu lado. Quando olhei para o pinto dele, vi porra saindo da ponta. Arregalei os olhos. “Você gozou?” Ele riu. “Gozei, irmãozinho. Cara… Ficar debaixo também é muito bom, você vai ver. Eu mal toquei no meu pau, enquanto você metia, e o gozo foi saindo.”
Ainda tínhamos tempo. A casa dele estava fazia. Seus pais e suas irmãs demorariam ainda para chegar do trabalho e da escola. Fomos ao chuveiro, nos limpamos e voltamos para a cama. Engraçado, até então nunca havíamos nos beijado na boca. Fabrício é que tomou a iniciativa e me beijou de língua, como tínhamos visto nas revistinhas. É lógico que aqueles primeiros beijos foram meio sem jeito, mas logo aprendemos como fazer melhor e nos tornamos grandes beijadores.
Dos beijos e das carícias mútuas partimos para um 69, como tínhamos visto nos “catecismos.” Eu me dediquei a chupar Fabrício o melhor possível, engolindo seu pau o quanto dava, indo fundo na minha garganta, até quase vomitar. Gostinho de pré gozo. Fabrício tenso. Paus duros como nunca.
“Fica deitado de costas, Fa. Quero tentar uma coisa.” Ele se deitou. Como eu tinha visto no “catecismo,” eu fui me sentando em cima dele, guiando o pau dele para dentro de mim, devagar. Claro que no começo doeu, não vou negar. Mas eu aguentei firme. Cerrei os dentes e fui colocando o pau dele dentro de mim. Eu devia isso a ele. E, além do mais, eu tinha curiosidade em sentir como era gozar com um pau dentro do cu.
Fui descendo, descendo, controlando a dor, até que ele estava inteiro dentro de mim. A minha baba e o pré gozo dele, é claro que ajudaram ao pau entrar. E então comecei a me mexer para cima e para baixo, punhetando o pau dele com meu cu. Ele fechou os olhos e gemeu. Ele esticou a mão e pegou no meu pau. Começou a me masturbar devagarinho. Eu me movia sem parar, subindo e descendo, até que instintivamente também comecei a rebolar. A dor havia passado. Afinal, nossos pintos ainda não eram grandes, não eram de um adulto. Fáceis, portanto, de acomodar.
E o calor foi chegando novamente. E aquela loucura de me mover mais e mais rápido foi crescendo e, quando vi, Fabrício também se movia, gemendo, às vezes quase gritando. Suado, então, ele ficou teso e de repente eu me senti inundar por algo quente, viscoso. Ele havia gozado dentro de mim. Então agarrei meu pau e com duas ou três socadas eu também gozava no peito dele. Cansado, com um lindo sorriso, ele pegou um pouco da minha porra na ponta do dedo e colocou na boca. “Não é que isso é gostoso?”
Rimos.
E durante anos fomos irmãozinhos, amigos, amantes, cúmplices. Aventureiros explorando o imenso mar do sexo. Ainda contarei a vocês mais histórias da gente. Alessandro e Fabrício tem muito mais a compartilhar.
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Mais ou menos na mesma época em que eu estava me descobrindo com Fabrício, também me descobri com o sexo feminino. E vocês nem vão acreditar com quem. Mas isso também fica para uma outra história.
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