Esta era a situação que queria: alguém notando seu diferencial. Este era seu objetivo numa transa, mais do que desfrutar de uma mulher. Claro que ela era apetitosa, mas ele ainda tinha algum ego. Além disso, gostava de ver a mulher enlouquecer quando ele chegava perto. Falar besteiras no ouvido:
— sou diferente como? — perguntou, dando um beijo de esquimó nela em seguida.
— tu faz muitas coisa ao mesmo tempo. Me excita, me abraça, me beija.
— e posso te meter também.
— então me mete.
Encaixou a pica e pressionou, indo, voltando. Danúbia interrompia os beijos para gemer, como se só gemidos aliviassem a pressão psicológica de uma rola na boceta, chupada nos mamilos com ar quente soprado em cima deles e aquela voz aspirando pelo prazer, porém mais controlada que a dela. Nenhum barulho que ela fez a deixou com menos calor, mas as reações eram como fogos de artifício, uma vez que soltos, ninguém para. Tanto suor, chegou a pensar que estava em uma fornalha, mas não queria sair. Pelo contrário. Sentiu vontade de ser amarrada e dominada por ele, pelo tempo que for, nem que tivesse que perder um dia de trabalho.
Abel percebeu que não a xingara de puta ou vagabunda, mas não precisava, eram detalhes. Foram duas horas de prazer sensitivo. Ela teve dois orgasmos e desejava vê-lo ejaculando. Devido à ejaculação retardada, ela precisou mamar e afundar o pau na boceta por uns dez minutos, ficando um pouco acesa, mesmo depois dos orgasmos. Descascando devagar e chupando, ela conquistou o que queria. Ele tremeu um pouco as pernas, lançando esporradas descontroladas, sem saber se respirava pela boca ou nariz. Ela recebeu quase tudo na boca, lambendo os beiços e um pouco do que caía no queixo. Distinguiu o sabor de outros espermas. Parecia menos salgado. Não era exatamente gostoso, mas ela estava com tesão e, devido ao costume em saborear porra, determinou que era o melhor leite que já provou.
— que leitada top. Adorei.
Sorrindo, levantou-se.
— vai aonde, princesa?
— vou lavar a boca pra te beijar.
— me beija agora.
— mas tô suja de leite.
— eu não ligo.
Atirou-se em cima do garoto. Roçou o rosto, distribuindo um pouco do líquido.
— pra deixar que eu te beije assim, cê só pode ter bebido seu leite algum dia. Mas isso não é problema, gracinha — disse, chupando e mordendo o indicador e o médio dele.
Enquanto o beijava, Danúbia pensava em colocá-lo dentro de um pote. Antes ela queria ser dominada pelo garoto, mas depois da fogueira ser apagada, ela o enxergava mais como seu gato. “Será que eu tô apaixonada?”, a pergunta que não sairía da sua mente pelas próximas semanas.
Chegara a vez de Babi. Danúbia dissera que o apelido dela era Sapekinha, porém, Abel não se via chamando alguém assim. Só de vista, ela aparentava ser mais fogosa que sua amiga. Sempre com shorts que não perdoavam a bunda, tomara que caia. A todo tempo tentava provocar Abel, enviando nudes no Whatsapp, dizendo que o macho não estava em casa e ele podia ir, dizendo que preferia a rola do garoto. Também foi em uma quinta-feira o dia marcado para eles transarem. O tempo das aulas foi reduzido por causa da Semana Santa e ele foi liberado às 21:00, indo para a casa do mesmo conhecido para quem fizera a entrega e trocando de roupa. Para a sua sorte, ela estava em um beco próximo. Após uma troca de beijos de alguns minutos, saíram do local. Ouviram dois tiros e percorreram um atalho caso surgissem surpresas. Ao subirem uma escada improvisada com barro, ficaram mais perto da casa dela, e também surpreendidos.
O homem parecia ter a mesma altura que o homem do sonho, com o mesmo uniforme preto com uma caveira no distintivo e uma máscara cobrindo a boca. Todos os outros sete homens estavam trajados assim. Ele já conhecia Babi, pois a avistara em um baile funk, mas Abel lhe era uma novidade. Pensou que ele poderia ser um bandido, mas não portava arma, não aparentava estar drogado e não estava assustado como eles costumam estar nessas condições, mesmo com um HK apontado à cabeça.
— 03 e 05, não precisam trabalhar ele não, só dar um trato e botar a mulher pra assistir.
O local era estratégico. Os gritos de Babi não ecoavam. Abel estava algemado contra a parede:
— na frente dela não.
— e aí, 05. Bora fazer aquilo que tu tava querendo?
— tá doido? Eu lá vou fazer com um moleque qualquer.
— o moleque fala bem, tem bunda de mulher, o capitão nem achou que é bandido. Quando são aqueles maconheiro, a gente tem que bater mesmo, mas uma princesa dessas. Eu esfolo primeiro e tu depois.
Aquilo estava bem estranho para Abel. Tentou fugir, mas 05 o pressionou contra o chão, virando-o de quatro. Babi só sabia gritar sem poder fazer nada, algemada à uma tora de madeira.
— não! Parem! Isso é muito cruel. Por que você tá tirando a calça? Para…
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