Em sua época de solteiro, o David era do tipo de fazia as garotas delirarem de prazer e arrasava corações por onde passava. O safado não perdoava nem mesmo o amigo branquinho que cresceu com ele no mesmo prédio, no caso eu, que tinha as vantagens de contar com sua simpatia e de aceitar a condição de amante casual. Eu sabia que não tinha como competir com as lindonas com as quais ele saía, embora não fosse um gayzinho de se jogar fora. Ele mesmo é quem dizia isso. A maneira gentil dele falar deixa qualquer pessoa apaixonada. Já tinha transado com o David algumas vezes e, para mim, cada intervalo de tempo sem sexo com ele era um sofrimento sem fim. Não me aguentava mais de vontade em tê-lo de novo na cama.
Mantínhamos nossas conversas na entrada do condomínio ou então na pracinha lá do bairro. Respeitava o espaço dele, mas sempre jogava um charminho para tentar a sorte. Foi bom enquanto durou, era a minha sensação depois de um tempo. Mas a saudade seria muito bem compensada pelo David.
Após um dia difícil na faculdade, eu estava esperando o elevador um pouco chateado e cabisbaixo. Planejava aliviar minha tensão por debaixo das cobertas ou então tomando um banho bem quentinho, sozinho com meus brinquedinhos eróticos e pensando em meu amante negro. Os dois elevadores demoravam para sair dos lugares onde estavam, um no 5º e outro no 9º andar. Foi quando o David apareceu na entrada do prédio, voltando do trabalho, e me cumprimentou com seu sorriso irresistível que sempre me fazia feliz. Não muito naquela noite.
– Oi, gatinho. Tudo bem?
– Tudo, David.
– O que foi, meu bichano? Você parece meio tristonho hoje.
– Não é nada. É só carência, mas vai passar.
– Poxa, Marcelo. Você precisa conhecer outras pessoas também. Aposto que existem vários caras legais querendo namorar contigo.
– É que você é tão especial para mim, David.
– Quer ir no motel?
– Jura!? Quando?
– Agora mesmo. Vamos?
– Ai, que ótimo!!! Deixa eu só guardar os cadernos lá em cima e me arrumar? Quero ficar bem bonitinho para você.
– Tudo bem. Daqui meia hora eu te chamo.
Os pais dele estavam no apartamento dele, e nosso ninho de amor estava indisponível naquele momento. Seria nossa primeira aventura fora do abatedouro aconchegante e habitual do David. Já em casa, joguei o material da faculdade no sofá e fui direto para debaixo do chuveiro. Meus pais já dormiam. Com a água quente escorrendo pelo meu corpinho, passei gilete em tudo e depois dei aquela preparada bem caprichada no cuzinho. Deixei ele bem lubrificadinho, no ponto para uma boa varada de rola. O rosto também ficou lisinho e o penteado, ao invés do cabelinho espetado na frente, fiz uma franjinha pensando em mudar o visual, já que estávamos saindo da rotina.
No carro do David, que na verdade era da empresa onde ele trabalhava, meu amigo-amante encostou perto do farol de repente, e manteve o motor ligado. Não havia nenhum motel em volta, e fiquei sem entender o que estava acontecendo.
– Quer bater uma punheta para mim?
– Você é louco, David!?
– Uma rapidinha. Só para aquecer.
– Tá legal. Já que você insiste.
Estava escuro e ninguém passava naquela rua, exceto por um casal que vinha andando em nossa direção, conversando abraçadinhos. A fivela do cinto e a braguilha já estavam abertas, com a cueca azul a mostra, e a ideia era disfarçar e esperar a dupla ir embora. Achei que seria divertido se ela me visse com a mão bem em cima do grande relevo que havia entre as pernas do negrão. O David deixou, mas ficou firme agarrado ao volante e pronto para arrancar com o carro dali no caso de algum problema. Com o corpo inclinadinho para o amigão, e a mão na massa, olhei meio de lado para a garota e fiz um beicinho maroto, só para deixá-la com inveja. Ao passarem por nós, virei o rosto para trás do banco e avistei a loirinha com um sorriso de espanto, contando para o namorado o que tinha acabado de flagrar. O jeito dela era muito engraçado. O rapaz, que era bonitão, deu só uma olhadinha para trás e um risinho discreto. O David achou arriscada demais a brincadeira que ele mesmo havia motivado, e resolveu seguir rumo ao nosso destino. Já eu, me sentia bem melhor.
No motel, quem ficou sem graça foi eu. O local era totalmente diferente daquele em que meu antigo namorado me levava de vez em quando, que tinha uma janelinha com vidro escuro e não dava para ver direito quem estava na recepção, e vice-versa. Nesse, apenas uma grade separava o balcão dos clientes que chegavam. No interior, o olhar da recepcionista me deitou todo encabulado, mas o David não estava nem aí. Já chegou pedindo um quarto. Com ele, a gordinha não fez gracejo nenhum. Ao entregar a chave para o David, ela olhou para mim e deu uma piscada de olho que me deixou mais envergonhado. Mas entendi aquilo como uma espécie de cumprimento, por eu estar com um homão em uma noite fria e chuvosa, e achei legal da parte dela. Ela era um pouco cheinha, mas até que tinha o seu encanto. No caminho do corredor que dava para o quarto 41, nem comentei sobre o ocorrido para o David.
O quarto era bem iluminado, com paredes avermelhadas, quase rosas, cobertor fininho da mesma cor e lençóis e travesseiros brancos, além de um grande espelho na lateral. Finalmente pude estrear a cuequinha fio dental que eu havia comprado há semanas. O David gostou, dizendo que minha bundinha branca havia ficado bem sexy nela. O danado sempre soube como me agradar. Sensualizei fazendo minha dancinha romântica e partimos para a ação. Sugeri algo novo.
– Posso chupar suas bolas de um jeito diferente?
– Beleza.
– Deita na cama e levanta os pernões, David.
– Assim?
– Isso. Junta as pernas e abraça forte elas com os dois braços.
– Melhor não.
– Relaxa, é gostoso. Tenho certeza de que você vai delirar.
– Você está querendo me foder, veadinho?
– Ka, ka, ka… Não, bobo. Confia em mim.
– Tá bom. Mas vê lá, hein!
Eu e o Léo, o meu primeiro namoradinho, nos chupávamos em todas as posições possíveis e imagináveis, e ele me ensinou bastante coisa. Com o David foi um pouco diferente. Ele só usou um dos braços para agarrar as pernas e ficou com uma das mãos em estado de alerta, pronta para agir rapidamente caso de eu ultrapassasse os limites. Não era para menos, pois ele estava em posição bastante vulnerável. Com uma das bolas na boca, fiz carinho com a ponta da língua e chupei delicadamente. Depois fiz o mesmo com a outra bola, e lambuzei os testículos de baba com muito amor. Ele suspirava e seu pênis só crescia. Enquanto isso, meus dedinhos percorriam e faziam cócegas rondando perigosamente o entorno do ânus negro. Tudo nele era preto, e eu amava. Achei prudente não tocá-lo ali, pois vai que ele goste da coisa.
Depois, ele sentou de pernas esticadas e abertas na cama, e a rola eu chupei de quatro para ele. Como sempre, me engasguei com ele empurrando minha cabeça para baixo, e adorei a sensação do pintão sufocando minha garganta. Recuperei o fôlego e mamei mais um pouquinho. O lençol do colchão ficou molhado de saliva entre suas coxas grossas.
– Como você quer comer meu cuzinho hoje, David?
– Vamos fazer do seu jeito, gatinho.
– Oba!
Pulei saltitante de alegria na cama. Gostava dele suando em cima de mim, me fodendo com estocadas fortes para baixo, mas era dia de experimentar novas maneiras de amar com ele. Com os pés em cima de dois travesseiros, para minha bundinha ficar na altura da cintura do David, fiquei de bundinha um pouco empinada e oferecendo as costas para o meu amigo. Ele me beijou na nuca e, usando suas mãos grandes, apertou meu bumbum e ouviu de mim um chiadinho de emoção.
– Uiii!
Depois de baixar minha cuequinha sensual preta, o negrão me prensou gostoso na parede. Fiquei com a face virada para o lado direito, para nos vermos pelo espelho, com minhas duas mãos abrindo as nádegas brancas para a entrada do pênis grande do meu amorzão. Mantive a posição assim. Só enverguei um pouco mais o tronco e, depois do encaixe perfeito, senti-o inteiro dentro de mim. A rola deslizava deliciosamente por minhas pregas, já acostumadas com a espessura daquele membro preto, grosso e forte. No espelho, a imagem do corpanzil negro e a bunda musculosa dele se mexendo em rito intenso, me pressionando contra a parede, era muito excitante. Era como assistir a um filme pornô e, ao mesmo tempo, fazer parte dele.
Quando não aguentei mais e pedi para me ajeitar um pouco melhor, dando dois passinhos para trás, dobrando o tronco, flexionando os joelhos, e segurando a cabeceira da cama, o David passou a segurar meu bumbum já suadinho com força, mas penetrando moderadamente.
– Assim tá melhor?
– Não, pode ir fundo. Arrasa sua putinha na cama, Davidão!
O apelido no qual eu o chamava na hora do sexo combinava bem com ele. Por dentro, meu cuzinho bem lubrificado era deflorado de forma intensa, profunda e apaixonante. Como estávamos em um motel, poderia gemer a vontade sem nos preocuparmos com os vizinhos. Queria demonstrar o tanto que eu gostava dele, e meus gemidinhos bem femininos o estimularam bastante. Quem passasse pelo corredor, com certeza imaginaria uma mulherzinha sendo fodida com vontade por um macho pauzudo naquele quarto.
– Ai, que gostoso!!! Ai, Ai, Ai…
Foi quando ouviu-se um estrondo do lado de fora, como se algo estive caindo no chão com tudo, e a voz da recepcionista falando alguma coisa que não deu para eu assimilar. Dizem que os funcionários dos motéis costumam ver tudo o que acontece entre as quatro paredes. Será que a recepcionista estava nos observando? – eu pensei. O David continuou me enrabando como se nada tivesse acontecido. Insaciável, ele já estava praticamente montado em cima de mim. Sentia como se um cavalo estivesse em minhas costas, metendo sem parar. Me via embaixo dele através do espelho, sendo dominado e gemendo feito uma fêmea no cio.
Gostei da ideia de que a safadinha pudesse estar do outro lado. Fui gemendo cada vez mais alto para ela ouvir. Imaginei-a vendo tudo por de trás do espelho e se masturbando toda excitada, batendo uma siririca com os dedos mexendo freneticamente por dentro da calcinha, e com a outra mão apertando um dos seios por debaixo da blusa e do sutiã.
Eu gozei primeiro, com o cuzinho piscando e quase não resistindo mais à pressão. O pênis grande do garanhão parou e quase escapuliu. Começou então a pulsar intensamente e ejacular esperma em grande quantidade, fodendo devagarzinho até o último gozo dentro da minha bundinha apaixonada. Ambos estávamos exaustos e desabamos na cama. O David ficou de barriga para cima e eu deitei em cima dele, de frente, com o rosto apoiado em seu ombro direito depois de dar três beijinhos no pescoço dele. Como eu sou mais levinho e ele mais forte, para ele não era um peso muito difícil de sustentar. Pelados na cama, ficamos descansando e conversando um pouco. O David sempre me deixou ficar um tempinho a mais coladinho nele. O calor e a respiração dele são tão relaxantes… Nossos pênis desiguais ficaram um ao lado do outro, quase se tocando, exprimidos entre nossos corpos bastante úmidos de suor.
Quando fomos devolver a chave, a gordinha não estava mais lá. Havia uma agenda sobre a mesinha da recepção, que tinha uma caneta marcando página e uma etiqueta nela escrito “Fernanda”. Devia ser o seu nome. Será que ela escreve tudo o que vê nos quartos? – minha imaginação não parava quieta. Não havia reparado anteriormente que tinham produtos de sex shop à venda, na parte de baixo do balcão.
– Olha aqui na vitrine, David! Aquele grande parece muito com o seu pintão!
Meu amigo, que já é convencido por natureza, ficou se achando o máximo e com razão. Ao mesmo tempo, a tal Fernanda chegava pela parte de dentro da salinha, parecendo afoita. Minha desconfiança sobre ela só aumentou, e minha timidez ainda mais. Não tinha visto-a chegando. O David perguntou se eu queria levar o presente, dizendo que pagaria. Agradeci e falei que não, alegando que tinha vergonha de pedir. A recepcionista interveio de modo simpático, mas também com boa dose de cinismo.
– Isso sempre acontece. Não fica acanhado, não. O que acontece no motel, fica no motel. Qual você vai querer?
– É aquele ali, oh.
– Qual, este?
– Não, o do lado. O maior. É para quando eu sentir saudades do meu amigo.
Antes de colocar na sacolinha, ela ficou com o brinquedão preto na mão observando por alguns segundos, certamente imaginando o David peladão. O coitado não sabia onde esconder a cara na hora de pagar. Pedi desculpas para os dois pela brincadeira, e ambos levaram numa boa. Acho que ninguém se feriu nesta história. Só o meu cuzinho, tadinho, que ficou todo arrombadinho de amor. A gordinha deu outra piscadinha para mim de despedida. Que danada! A ousadia dela era interessante, tenho que admitir.
Na volta para casa, paramos em um semáforo e o carro da frente demorou para se mover depois da luz verde. Mais uma vez, estiquei meu braço esquerdo para o meio de suas pernas. Falei que era melhor dar uma buzinada, e então apertei duas vezes o volume da calça dele dizendo: “Fom, fom”. Caímos na gargalhada.
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