Como eu estava dizendo, eu e o Rafa continuamos ali na área da piscina por mais ou menos uns trinta minutos. O telefone de Gabriel tinha tocado e era Juliana procurando por ele. Ele foi embora e me deixou conversando com o Rafa.
Eu e o Rafa ficamos ali trocando uma ideia e assistindo as crianças nadarem. E, durante o tempo que ficamos ali, minha barriga começou a doer. Acho que uma dor de barriga estava a caminho.
― Mas… e aí? ― Eu disse. ― A gente não vai fazer nada essa noite mesmo? ― Perguntei.
― Então… não sei… se meu pai não inventar nada, podemos ficar por aqui mesmo… quem sabe até…
― Ia ser uma boa… ― eu concordei ao perceber que ele se referia à sexo.
Daí senti minha barriga roncar e doer mais uma vez. É… acho que alguém teria que visitar o banheiro daqui a pouquinho.
― Ei… se eu te falar que eu tive uma ideia… ― ele disse.
― Uma ideia? ― Perguntei. ― Que ideia?
― Pra fazer na cama…
Nessa hora, minha barriga começou a doer muito. Droga… estava me dando vontade de cagar bem agora… eu tinha que correr para o banheiro imediatamente.
― Na cama? ― Eu perguntei colocando a mão na barriga pra disfarçar.
― É… ― ele disse fazendo uma carinha de safadinho.
― E o que você pensou?
Nessa hora, minha barriga começou a fazer um barulho engraçado. Como eu estava com vergonha, resolvi simular uma tosse.
― Coff… coff… COFF! COFF! ― Aumentei a tosse de acordo com o barulho.
A dor de barriga tinha vindo com força só que eu não queria falar isso para o Gatinho… como eu poderia dizer isso pra ele? Que eu estava com muita vontade de cagar? Não se diz isso para o namorado.
― É assim… já que você quer me comer… ― ele disse.
― COFF! ― Fiz mais uma vez.
Meu deus… estava piorando.
― Você tá bem? ― Ele perguntou.
― Estou sim! ― Disse com a voz estranha, pois sentia dor. ― Fala aí… ― encorajei-o.
― Certo… então… já que você quer me comer, eu estava pensando… e se a gente…
― COFF! ― Fiz mais uma vez.
― Você tá bem mesmo?
Droga… minha barriga estava doendo muito.
― Você pode esperar um pouquinho? Eu preciso ir ali no banheiro.
― Ah… tá tudo bem… você quer ir lá pro quarto? Vamos lá! ― Ele sugeriu.
Mas a última coisa que eu queria era que meu namorado me ouvisse cagando. Daí eu tentei enrolá-lo.
― NÃO! ― Eu gritei e ele me olhou estranho.
― O que foi?
― Aqui tá legal! ― Eu inventei uma desculpa. ― Pera aí rapidinho! Eu vou lá rapidão e já volto!
― Aqui tem banheiro… ― ele disse e apontou para o sanitário comunitário da piscina.
Mas eu não queria que metade do hotel me ouvisse cagando… eu precisava de privacidade, daí eu tentei inventar outra desculpa.
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― É que eu preciso pegar uma coisa no quarto, também… pera aí! Eu já volto! ― Insisti.
― Tá… você quem sabe…
― Quando eu voltar, você me conta o que pensou… ― eu sugeri.
― Claro… ― ele disse confuso.
Minha barriga estava doendo muito. Eu poderia cagar a qualquer momento. Daí, para disfarçar, saí da área da piscina andando. Mas, quando cheguei num lugar em que o Rafa não tinha mais visão de mim, eu saí correndo feito uma égua. Fui correndo o mais rápido que pude até chegar no chalé de número 16.
Entrei, corri para o banheiro, tranquei a porta, abaixei minha bermuda e me joguei no vaso. Bom… vou te poupar dos próximos detalhes… eu não tinha certeza do que tinha me causado essa dor de barriga, mas… como eu não tinha comido nada ontem à noite… isso só podia ter sido coisa do álcool… talvez eu fosse mesmo alérgico a álcool… eu tive febre mais cedo e agora estava tendo dor de barriga… isso não podia ser coincidência…
Quando terminei de me limpar apropriadamente, vesti minha bermuda e fui até a porta do banheiro… foi quando ouvi alguém entrando no quarto. Merda! Tá me zoando né? Eu disse para o Rafa que ia ser rápido! Ele não precisava ter vindo aqui! O banheiro não estava com o melhor cheiro do mundo e a última coisa que eu queria era que o Rafa me visse saindo de dentro dele… ia ser o passaporte para a terra da vergonha. Foi quando eu ouvi alguém dizer:
― Tem certeza de que eles não vão vir pra cá? ― Identifiquei a voz da Juliana.
― Não… eles estão lá na piscina… se a gente for rápido, ninguém nem vai saber que estivemos aqui… ― Identifiquei a voz de Gabriel.
Fodeu, pensei.
― Hum… então acho que temos que ser rápidos, né!? ― A garota disse e riu.
Merda! Fodeu! Agora eu não sabia o que fazer… se eu saísse, além dos dois serem pegos no flagra por mim e ficarem constrangidos, eu também ficaria constrangido por… bem… deixar o banheiro fedendo… sem saber o que fazer, olhei pelo buraco da fechadura.
Bem, o nosso quarto tinha uma cama de casal, onde eu e Rafa estávamos dormindo, e uma cama de solteiro, que era do Gabriel. A cama de casal ficava de lado para a porta do banheiro, então… assim que olhei pelo buraco da fechadura, vi Juliana e Gabriel se pegando na cama de casal. Juliana estava por baixo e Gabriel estava por cima. Gabriel beijava o pescoço da menina, que agora tinha fechado os olhos e abraçado o garoto com as pernas.
Merda… como eu podia abrir a porta e interromper os dois? Eu estava preso! Eu não sabia o que fazer! A primeira coisa que fiz foi olhar para a janela do banheiro. Era a única saída que o banheiro tinha além da porta… se eu fosse fugir, teria que ser por ali. A janela parecia ser suficientemente grande para que fosse possível que eu a atravessasse, mas estava alta demais isso… eu até conseguiria me apoiar nela, mas eu teria que usar as pontas dos pés para isso. E, mesmo se eu conseguisse subir ali, descer não seria nada fácil… imagine se eu consigo cruzar a janela, assim que eu a atravessasse, eu estaria de cabeça para o chão… não tinha como…
Voltei a olhar pela fechadura da porta. Posso dizer que eu estava bem desconfortável naquele banheiro… até reparar na ereção que Gabriel exibia por cima das calças. Nessa hora, meu pênis ficou duro. Olhei para minhas calças e disse baixinho para mim mesmo:
― Sério pau? Agora? Você não tem vergonha na cara não?
Voltei a olhar pelo buraco da fechadura e Gabriel estava montado em cima da Juliana. Os dois ainda estavam vestidos, mas Gabriel foi o primeiro a retirar a camiseta. Quando ele mostrou seu semi tanquinho, meu pau latejou mais forte.
― Gostou né? ― Eu disse olhando para minha ereção. ― Você não vale nada mesmo…
Quando me dei conta do que estava fazendo, eu disse para mim mesmo:
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― Porra… estou preso no banheiro conversando com meu próprio pau… devo estar maluco…
Bom… eu estava bastante preocupado por dois motivos. O primeiro era que eu tinha deixado o Rafa me esperando lá na piscina e tinha dito que seria rapidinho… ele ia me matar… além de eu demorar um bom tempo sentado no vaso, agora eu teria que esperar aqueles dois ali transarem… Rafa ia virar uma fera comigo. Conhecendo-o, agora ele já devia estar ficando preocupado.
Olhei mais uma vez pelo buraco da fechadura. Gabriel estava sem camisa beijando a Jú. Ela estava vestindo uma blusinha feminina salmão daquelas de mangas compridas e botões. E Gabriel, pacientemente, estava desabotoando botão por botão de olhos fechados. Ver aqueles dois ali se pegando me deixou bastante excitado. Pra falar a verdade, isso que eu estava sentindo agora era diferente… era uma sensação de euforia… bem parecida com o que eu senti quando fiquei com o Rafa pela primeira vez… ou quando eu fiquei com o Matheus pela primeira vez… ou quando eu fiquei com o Arthur pela primeira vez… acho que isso era um padrão… era um tipo de ânsia por uma coisa nova. Eu estava ansioso para ver o que Gabriel escondia ali. Eu estava excitado por saber que, dentro de instantes, eu contemplaria Gabriel mandando ver na bucetinha da garota… e, por algum motivo, isso estava me deixando extremamente excitado…
Sem falar que fazia dias que eu não fazia nada… nem bater punheta eu estava batendo… ou não dava tempo, ou eu estava cansado demais para isso… e, para falar a verdade, eu nem me lembrava da última vez que eu e o Rafa fizemos um sexo satisfatório… a última vez foi quando eu dormi enquanto ele metia em mim… a penúltima vez foi lá em casa ainda… quando minha mãe nos flagrou… fazia tempo que não dividíamos a cama como esses dois aí estavam fazendo… fazia tempo que nós não transávamos em paz. E, acho que a falta de sexo estava me deixando mais excitado que o normal… enfim… eu só estou tentando dizer que eu estava muito excitado assistindo aos dois.
Gabriel desabotoou a blusa de Juliana e, enquanto passava as mãos em seus ombros, foi despindo-a. Pude vislumbrar o sutiã que ela usava, era preto.
Vorazmente, a menina caiu de boca no peito de Gabriel e saiu lambendo ele todinho. Mas, por mais que eu soubesse bem como era a sensação de lamber a barriga de alguém, Gabriel tinha um corpo diferente do corpo do Rafa. Rafa era magrelinho, sua barriguinha era durinha e bem lisinha. Já Gabriel, ele tinha a musculação um pouco mais definida, podia-se ver no garoto aqueles músculos quadradinhos no seu abdômen. Seus braços eram mais grossos e suas coxas mais encorpadas que as do Rafa, que eram finas. Os dois tinham a mesma tonalidade de pele e de cabelo. A genética lhes tinha presenteado com uma pele bem branquinha e com cabelos loiros bem claros e brilhantes. Os dois tinham olhos azuis-claros hipnotizantes e se mostravam extremamente sedutores e extrovertidos. Gabriel também usava uma franja, mas as laterais de seu cabelo eram mais aparadas que a franja em si, diferente do Rafa, que preferia o cabelo bem grandinho.
Juliana, como eu estava dizendo, começou a beijar o abdômen do Gabriel. Daí eles se viraram e Gabriel ficou por baixo. A menina foi descendo com a boca até chegar no começo da calça de Gabriel. Ela olhou para ele, que sorriu. Pela intimidade dos dois, parecia que eles faziam isso com frequência.
Juliana desafivelou o cinto que Gabriel usava e meu coração disparou. Confesso que eu estava bem ansioso para ver o que Gabriel escondia ali… será que era parecido com o do Rafa? Será que era maior? Será que era mais grosso? Será que ele gozava muito? O que eu não daria para ver ele enchendo a buceta da Juliana de porra…
Quando me dei conta, estava segurando meu próprio pau.
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― Desgraçado! ― Eu olhei para ele e o xinguei. ― Como você fez isso? Tá… mas só um pouquinho, hein!
Comecei a esfregar meu pau e voltei a olhar pelo buraquinho. Que mal poderia ter uma punhetinha com pornô ao vivo?
Dava para ver a cueca que o Gabriel usava. Ele estava usando uma cueca vermelha que tinha um elástico com dois dedos de largura. Elástico cujo qual Juliana agarrou com determinação e puxou, liberando o pinto do garoto. Fiquei muito surpreso e satisfeito com o que vi. Primeiro que Gabriel devia ter uns dezesseis ou dezessete centímetros de pau… era bem maior que o do Rafa… bem maior… e era bem mais grosso também… nunca que aquilo ali passaria no meu cú, velho… era muito grosso… reflexos da puberdade, talvez… fiquei imaginando quantos pauzinhos do Rafa teriam que se juntar para dar um daquele… logo comecei a imaginar Rafa e Arthur me penetrando ao mesmo tempo… não… não tinha como… era muito pau pra pouco cú… não tinha como caber não, moço… também me lembrei de uma frase que o Rafa dissera a pouco tempo atrás “Você daria pra um cara de dezoito centímetros? Deve ser uma experiência legal… fico me perguntando como deve ser…”.
Droga, Rafa… mais uma vez atiçando minha curiosidade e me deixando com desejos sexuais pesados…
Bem, continuando, o pinto do Gabriel era bem parecido com o do Rafa. Era retinho, lisinho e surpreendentemente sem pelos. Fiquei imaginando se isso era por vontade dele ou da namorada dele… e, por falar nela, ela começou a fazer o que eu mais estava com vontade de fazer… ela começou a chupá-lo…
― Hum… isso tá gostoso, minha gatinha… continua… ― Gabriel orientou. ― Hum…
Quando ele começou a gemer, quase me deu um ataque de tesão. Meu deus! Assistir isso era sensacional… que sensação gostosa que eu estava experimentando enquanto me masturbava assistindo aquilo ali. Tinha me dado um fogo debaixo das pernas que estava difícil de controlar. Queria que o Rafa estivesse aqui comigo para que a gente também pudesse se divertir juntos. Merda… eu queria muito fazer sexo com o Rafa de novo… sabe-se lá quando faríamos novamente.
― Hum… continua que tá gostoso… hum… isso… vai… ― Gabriel ia gemendo ali na cama.
Daí, depois de alguns segundos assim, Juliana retirou as calças de Gabriel por completo e, logo em seguida, sua cueca também… deixando o garoto completamente nu na cama… que, por sinal, era a cama minha e do Rafa… não que alguém se importasse… Gabriel poderia derrubar o quanto de porra que ele quisesse ali… quem liga?
Em segundos, Juliana também tirou a roupa e ficou só de calcinha. Gente… acho que qualquer garoto de doze anos daria qualquer coisa para estar no meu lugar… acho que esses dois eram capazes de satisfazer qualquer gosto no mundo… pra quem gosta de meninos, Gabriel era mais que perfeito. Nem muito velho, nem muito novo, extremamente bonito, incrivelmente gostoso, pauzudo, lisinho e fortinho. Já Juliana… mataria a fome de qualquer pivetinho virgem que sonha em comer uma buceta… a menina era incrivelmente gostosa, maravilhosamente bonita, aparentava gostar de uma piroca bem grossa e parecia ter uma bucetinha bem apertadinha e molhada. Ela tinha seios perfeitos, bunda grande e os lábios de sua buceta eram bem carnudos e lisinhos… meu deus… os dois eram muito gostosos…
Gabriel voltou a tomar o controle. Assim que a garota se despiu, Gabriel rolou com ela e ficou por cima novamente. A garota abriu as pernas mais rápido que biscate bêbada e olhou para Gabriel implorando para ser fodida violentamente.
Gabriel devolveu um olhar que eu reconheci imediatamente. Rafa sempre me olhava assim quando ele estava prestes a me comer. Era um olhar sexy e hipnotizante. Sempre quando
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ele me olhava assim, era como se ateasse fogo no meu bumbum… e eu sabia que Juliana sentia o mesmo. Era a presa implorando para ser comida pelo predador…
A ereção de Gabriel apontava exatamente para a buceta da garota. E, pela pontinha, escorria uma gota de pré-porra que ia se propagando por toda extensão de sua piroca. Os dois se olhavam como se fossem se devorar. Gabriel estava se provando cada vez mais um Mackenzie de corpo e alma. A cabeça do seu pau latejava sem parar e ele a meteria para dentro da garota a qualquer momento.
Gabriel alcançou o bolso de sua calça e pegou um pacotinho de camisinha. Ele rasgou o pacotinho com os dentes e cuspiu o lacre superior para o lado. Daí ele retirou a camisinha de dentro, vestiu-a com uma agilidade invejável e jogou o pacotinho vazio na barriga da garota. Isso me fez ter um déjà vu fodido. Rafa já tinha feito isso comigo. Exatamente isso. De jogar o pacotinho vazio na minha barriga antes de me foder… me trouxe boas recordações.
Daí Gabriel, depois de vestir a camisinha, guiou seu pinto pra entrada da buceta da garota e mandou tudo pra dentro de uma vez…
― Aaaawnnnnn! ― Ela gemeu. ― Ahhh isso é bom… ― ela disse gemendo.
― Awwnt! ― Gabriel também gemeu.
Os dois estavam numa posição que me pareceu ser bem confortável e propícia ao sexo heterossexual… Gabriel estava meio que ajoelhado e as pernas de Juliana estavam sobre suas coxas. A menina estava deitada e o garoto estava ereto com as mãos nas coxas dela. Daí ele começou os movimentos de vai e vem. Comer uma buceta, sem sombra de dúvidas, era bem mais fácil que fazer sexo anal… Rafa não me comia no mesmo conforto e na mesma velocidade que Gabriel comia a menina. A buceta dela parecia ser bem mais gelatinosa e úmida… tinha uma mucosa feita para que o pênis deslizasse com facilidade… as únicas vezes que o Rafa tinha conseguido me comer de um modo próximo disso, era quando tínhamos usado lubrificante em excesso… só assim mesmo pra foder desse jeito…
Pelas expressões e pelos gemidos que os dois faziam, pareciam estar sentindo muito prazer… nem preciso dizer que meu pau já derramava pré-porra livremente, né? Continuei ali esfregando minha ereção úmida por mais ou menos um minuto até não aguentar mais e explodir.
Quando gozei, apoiei minha mão livre na porta, para não perder o equilíbrio e cair… já minha mão ocupada, deixei ela ali dentro da minha cueca mesmo, e senti ela ficar molhadinha de porra… meu coração batia bem rápido e eu estava ofegante. A sensação de alívio tomou conta de mim enquanto eu sentia a porra melecar meus dedos livremente. Respirei fundo umas quatro vezes até voltar ao normal. Isso tinha sido muito bom… gozar era bom demais…
― Aaaa… aaaaa… ― os dois continuavam gemendo ali na cama.
No tempo que eu levei para me recuperar, Gabriel e Juliana trocaram de posição. Gabriel deixou a menina de quatro e continuou fodendo ela deliciosamente bem. Enquanto eu admirava a forma como Gabriel ia para frente e para trás e me deleitava com o barulho das coxas batendo, levei minha mão melecada de porra até meu saquinho e fiz uma massagem rápida nele enquanto eu espalhava porra por toda sua extensão. A última coisa que eu me preocupava agora era com a meleca que eu estava fazendo na minha cueca… tudo ia ficar contido ali mesmo, então… foda-se…
Continuei assistindo a foda dos dois até que eles começaram a gemer mais alto e mais intensamente. Provavelmente o orgasmo estava próximo.
Gabriel virou Juliana novamente e eles voltaram a ficar de frente. Daí o Gabriel meteu todo seu pauzão na xoxotinha da menina e se inclinou até ficar cara a cara com ela. Daí eles começaram a se beijar e Gabriel intensificou os movimentos de vai e vem. Ah… safadinho… ele queria gozar enquanto beijava ela… eu também já tinha feito isso com o Rafa… era o melhor
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jeito de se gozar… tendo uma língua chupando tudo o que há para ser chupado na tua boca. Eles eram bons, esses dois… eles sabiam o que estavam fazendo.
Daí, enquanto eles se beijavam, Gabriel metia tudo o que podia na menina. Os dois não aguentaram nem vinte segundos assim para gozarem…
Vislumbrei Gabriel contraindo a bunda enquanto metia o mais fundo o possível na menina para gozar. Os dois começaram a gemer muito. A menina se contorcia de prazer enquanto experimentava um orgasmo aparentemente mais forte que o de Gabriel. Ela gemia e gemia, como se fosse uma vagabunda perdendo o cabaço pela primeira vez. Gabriel também gemia, enquanto sentia a porra fluir pelo seu pau e encher a camisinha.
Depois de uns trinta segundos se contorcendo, os dois finalmente pararam de gozar e Gabriel tirou o pau de dentro da buceta da garota. Fiquei encantado com o que vi. O pau de Gabriel saiu durinho de lá. A camisinha estava lotada de porra… pense em muita porra… muita porra mesmo… a cabeça do pau dele, que não era pequena, estava todinha mergulhada naquele líquido branco. A camisinha também parecia estar bem úmida e molhada, por conta da buceta da menina. Da buceta dela escorria um líquido fluido e transparente, que Gabriel impediu que caísse na cama conforme foi passando a mão na buceta dela no sentido de baixo para cima. Ele ia limpando a aguinha que escorria com a mão e passava na barriga da menina, que agora estava exausta.
― Isso foi bom… ― ele disse.
― Foi mesmo… ― ela concordou.
Daí nós três ouvimos alguém bater na porta do Chalé.
― LUUUUCAAAS! ― Ouvi uma voz me chamar.
Puta que pariu… fodeu! Rafa ia me dedurar! Nossa… minha pressão caiu e eu não sabia mais o que fazer… se Gabriel descobrisse que eu estava no banheiro esse tempo todo, ele provavelmente nunca mais olharia na minha cara, de tanta vergonha… e eu também nunca mais olharia na cara dele… ele ia saber que eu assisti ele fazendo sexo! E Juliana, então? A garota ia ficar putíssima comigo! Ia me chamar de pervertido, de maníaco sexual, de tarado! Meu deus! Não… isso não podia acontecer…
― Ah não… vai se foder… ― Gabriel xingou.
― Que que será que ele quer? ― Juliana perguntou.
― Porra! Ele tinha que aparecer bem agora? ― Gabriel reclamou. ― Que merda! Na boa, vai se foder!
― Manda ele embora! ― Juliana pediu. ― E não diz que eu estou aqui!
― O que você quer que eu fale!? ― Ele perguntou.
Rafa bateu mais uma vez na porta.
― LUUUUCAAAAS! ABRE AQUI! SOU EU! ― Ele gritou.
Merda! Sai daqui, Rafa! Pelo amor de deus! Nunca te pedi nada!
― Aff… JÁ VAI! ― Gabriel gritou.
Gabriel, rapidamente, vestiu sua cueca e um samba canção por cima e foi até a porta, para atender o Rafa.
Pude ouvir eles conversando:
― Que que foi? ― Gabriel disse quando abriu a porta.
― Ah… é você… ― Rafa disse.
― Sim, sou eu!
― O Lucas tá ai? ― Rafa perguntou.
― Não, seu idiota! Não consegue ver que eu estou acompanhado? ― Ele perguntou. ― Juliana tá aqui. Caí fora!
― Ah… foi mal… ― Rafa disse. ― Tchau! ― Ele se despediu.
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Em seguida, ouvi a porta bater com força. Gabriel voltou correndo. Ufa… eu estava salvo… mas… espera aí… ESPERA! E SE ELES QUISESSEM USAR O BANHEIRO DEPOIS DO SEXO!? FODEU! ELES IAM ME DESCOBRIR!
― Por que você disse que estava acompanhado? ― Juliana perguntou. ― Eu não te pedi para não dizer nada?
― Ah, claro, Jú… estou trancado no meu quarto de cueca… eu nem precisava dizer nada pro Rafa adivinhar que você estava aqui… e não esquenta… se você está preocupada com o que ele vai pensar de você, não esquenta… ele sabe que a gente transa tanto quanto a gente sabe que ele também faz isso com o namoradinho dele… e você sabe que ele faz isso bem mais que a gente…
― Mesmo assim… ― ela disse. ― Não é legal ficar muito óbvio assim…
― É só o Rafa… não esquenta…
― Tá… eu acho… ― ela concordou. ― Podemos ir embora? ― Ela perguntou.
― Claro… só deixa eu finalizar? ― Ele pediu.
― Ah… por favor… ― ela pediu.
Que!? Que diabos era “finalizar”? Ele já tinha gozado! Olhei no buraco da fechadura e observei Juliana, que tinha se deitado na cama novamente e agora tinha aberto as pernas. Gabriel foi até ela e, com sua língua, lambeu toda extensão de sua bucetinha. Ele começou embaixo, foi subindo até chegar na entradinha, meteu a língua lá, lambeu tudo e continuou subindo, até alcançar a junção dos lábios. Daí ele deu umas algumas chupadas na buceta da garota, que gemia pra caralho, e finalmente se afastou.
― Argh… ― ele disse. ― Será que um dia vou poder fazer isso sem sentir o gosto do látex?
― Prefere sentir o gosto da sua porra? ― A garota disse em tom de zoação.
― Já viu a força com que eu gozo, garota? ― Gabriel disse se gabando. ― Minha porra te penetraria tão fundo que atingiria seu cérebro! ― Ele disse brincando.
― Ah… senhor pauzudo… eu pagaria para ver isso…
Eu tive que me segurar parar não rir quando ela chamou ele de senhor pauzudo… que tipo de apelido era esse, velho!? Haha…
― Já disse que você pode tomar a pílula…
― Ah… poder, eu posso… mas não quero sêmen no meu cérebro… haha! ― Ela disse brincando.
Enquanto eles conversavam, iam se vestindo. Eu devia estar nesse chalé fazia uns vinte e cinco minutos… somando o tempo da diarreia com o tempo do coito… meu deus… deixei o Rafa me esperando por meia hora… ele ia me matar… e eu disse para ele que seria rapidinho… tadinho… me bateu uma dó…
Os dois finalmente se vestiram e estavam prontos para irem embora. Nessa hora, me bateu um alívio imenso. Vocês não sabem como fiquei aliviado com os dois indo embora… eu poderia sair do chalé numa boa… eles nunca saberiam que eu assisti a tudo e ainda por cima eu tinha ganhado um ótimo orgasmo… tirando a parte de ter que me explicar para o Rafa, que era outro problema, eu estava no melhor lucro possível!
Os dois estavam quase deixando o quarto quando, do nada, simplesmente do nada, meu celular tocou. E tocou muito alto. E essa porra tocou alarmantemente alto. Parecia que o banheiro, que era um ambiente pequeno, fazia a porra do som ecoar e ficar dez vezes mais forte. A porra da campainha era tão alta que, com certeza, Gabriel e Juliana ouviram do quarto. Pronto. Era o fim do mundo. Game over. Parabéns, Lucas, zerou a vida mais uma vez, idiota! Minha pressão caiu e, o mais rápido possível, coloquei uma mão no alto-falante do meu celular e, com a outra mão, recusei a chamada. Mas, por conta do meu nervosismo e da minha agitação, o
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telefone tocou três vezes antes que eu conseguisse desligá-lo. E, adivinhem quem era… sim… era o Rafa… provavelmente me procurando desesperadamente…
― Ouviu isso? ― Ouvi Juliana comentando com Gabriel.
Tá, vai… eu mereci… eu mereci demais a minha sina… eu era um cuzão… além de eu ter feito o Rafa me esperar uma eternidade, ainda assisti o Gabriel transando com a namorada igual um pervertido tarado pelo buraco da fechadura do banheiro… eu merecia a bronca que o casal iria me dar… era hora de comprar minhas passagens para casa e, no caminho de volta, pular do avião sem paraquedas, para morrer logo de uma vez. Parabéns, Lucas Henrique, você é fodão… acabou de foder com sua vida mais uma vez…
Coloquei o celular no silencioso e me agachei no banheiro… daí fiquei esperando a porta se abrir para que Gabriel me achasse degustando do amargo gosto da vergonha. Mas… ao invés disso, Gabriel disse:
― Acho que é lá fora… vamos… estava a fim de comer alguma coisa… você quer?
― Quero sim… ― Juliana concordou.
E assim, os dois foram embora… do nada… hã? Isso estava mesmo acontecendo? Nessa hora, eu comecei a rir.
Eu, que estava agachado, me joguei no chão do banheiro e comecei a rir. Claro que, da minha boca não saía um som… eu estava rindo mudo, pois não correria o risco de chamar atenção de volta com a minha risada. Não que fosse engraçado, nem nada do tipo, mas… confesso que a sensação de se ter o cú na mão num segundo e, no instante seguinte, ser a pessoa mais sortuda do mundo, é um tanto quanto cômica… eu não acredito no que tinha acabado de acontecer…
Cara… eu tinha tido uma puta diarreia, tinha ficado preso no banheiro, tinha visto o gostoso do irmão do Rafa pelado comendo uma mina e ainda tinha escapado ileso… cara… meu deus… essa era a melhor sensação do mundo… eu estava rindo sem voz do meu estado de choque… tinha sido incrível… meu deus… que mundo maluco! Rafa me ligou, a porra do meu celular tocou altíssimo e os dois acharam que era lá fora e foram embora… meu deus… eu me sentia o garoto mais sortudo do mundo.
Me levantei do chão do banheiro, me recompus, joguei uma água na cara e segurei o riso. O reflexo do espelho mostrava um garoto sorridente. Mas agora eu tinha que arrumar uma boa desculpa para dar para o Rafa… eu não podia simplesmente dizer que fiquei com uma puta dor de barriga, e que eu vim cagar no quarto, e que daí seu irmão apareceu com a namorada e eu assisti eles transando pela fechadura da porta do banheiro… como falar isso pro seu namorado? Não tinha como… e outra… Rafa tinha vindo me procurar no quarto e Gabriel tinha dito que eu não estava aqui… eu ainda tinha que inventar um lugar para ter passado esses trinta minutos… droga… isso ia ser complicado…
Terminei de lavar meu rosto e resolvi sair do banheiro. Eu precisava sair logo daqui antes que alguma outra merda acontecesse. Gabriel e Juliana já tinham ido embora, então… a barra estava limpa. Daí eu abri a porta do banheiro e, assim que saí, dei de cara com Gabriel. Ele estava parado em pé com os braços cruzados e me olhava com um olhar de reprovação.
― Por que não estou surpreso!? ― Ele perguntou.
― Ai… ― eu fiquei sem reação.
Assim que o vi, eu buguei. Hã!? Que porra… hã? Como? Que? Por que? Que? Hã?
― Só não vamos ter essa conversa agora porque eu disse para a Juliana que tinha “esquecido” uma coisa aqui. Sorte a sua que ela comprou a desculpa de que o toque de celular era lá fora.
Eu, sem saber o que dizer, apenas disse:
― Me desculpa? ― E fiz uma cara de dor e sofrimento.
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― Lucas, eu te desculpo sim… eu, particularmente, nem ligo. Mas o que você fez foi muito feio, entende?
Eu não respondi, apenas abaixei a cabeça.
― Imagina se a Jú descobre… ela é o tipo de pessoa que contaria para os meus pais… você nunca mais deve fazer isso.
Nessa hora, eu comecei a chorar.
― Desculpa… ― eu choraminguei.
― Olha, não precisa chorar. Eu não vou contar pra ninguém, até porque não tem motivos para fazer isso com você. Não precisa se preocupar, tá bom?
Eu fiz que sim com a cabeça, mas continuei chorando.
― Só… toma mais cuidado com as suas ações… você já tá mais que grandinho pra saber que todas elas têm consequências… e, invadir a intimidade de alguém assim é muito errado…
― Desculpa… ― eu disse para dentro.
― Vem cá… chora não… ― ele disse e me deu um abraço.
Eu abracei ele com todas as minhas forças. Eu estava muito arrependido. Eu devia ter saído daquele banheiro… eu devia ter feito alguma coisa… era Gabriel, poxa… era o irmão do meu namorado… de todas as pessoas do mundo, ele era a última que eu poderia ter feito o que fiz… e, ainda sim, ele tinha sido muito legal comigo… acho que ele me deu a melhor bronca do mundo… ele só disse que era errado e que eu não deveria fazer isso nunca mais… e só… e, ainda assim, essas poucas palavras me feriram como uma faca… apenas com essas poucas palavras ele conseguiu me deixar completamente arrependido… ah, cara… como eu queria poder voltar no tempo…
― Chora não… ― ele disse mais uma vez passando a mão em meus cabelos.
Mas, quanto mais ele me pedia para não chorar, mais eu chorava.
― Mas e aí… ― ele disse. ― O que você achou? Acha que eu mandei bem?
Quando ele disse isso, foi impossível não rir. Sabe quando a última coisa que você quer é rir? É claro que ele falou isso só para me arrancar um sorriso e não me deixar triste e sozinho… e foi inevitável… é claro que eu ri.
― Acho que você mandou muito bem… ― eu disse rindo.
― Me daria um dez? ― Ele perguntou rindo.
― Tá mais pra dezoito… ― eu respondi rindo, fazendo referência ao tamanho de seu pau.
― Chora não, tá… ― ele me consolou mais uma vez. ― Agora eu preciso ir… mas isso não acabou… a gente conversa a respeito disso mais tarde, pode ser? ― Ele perguntou.
― Pode sim… desculpa mais uma vez… ― eu pedi.
― Tá tranquilo… olha, Juliana deve estar me esperando lá fora, então… espera um tempinho antes de sair, tá bom?
― Tá… ― eu disse. ― Ela não vai estar me esperando lá fora com os braços cruzados não, né? ― Eu perguntei rindo.
― Ah… foi mal por isso… ― ele disse. ― Acho que peguei pesado demais…
― Pegou mesmo… ― eu confessei. ― Mas eu te agradeço demais por isso…
Ele beijou minha cabeça e disse.
― Tá… agora eu vou indo… até mais…
― Tchau… ― eu disse e me sentei na cama.
Assim que ele saiu do quarto, eu me joguei para trás.
Porra… Gabriel era o melhor irmão filho da puta do mundo… quando ele percebeu que eu estava no banheiro, ele levou a namorada dele embora para minimizar a catástrofe… ele era
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um gênio… e, antes disso, era um amigo de ouro… eu não podia contra esses dois… os irmãos Mackenzie eram incríveis…
E, por falar em irmãos Mackenzie, eu tinha um outro probleminha para resolver… Rafael…
Depois de esperar um tempinho, saí do chalé 16 e corri em direção à piscina. Encontrei o Rafa lá, sentado naquela mesma mesinha. Na mesa tinha uma garrafa de Coca-Cola de dois litros e ele parecia ter bebido metade dela sozinho. Rafa mexia no celular e estava inquieto. Cheguei por trás dele e coloquei as duas mãos nos seus olhos.
― Advinha quem é! ― Eu disse tentando ser simpático.
― Porra, filhedaputa! ― Ele me xingou. ― Onde é que você se meteu? ― Ele disse tirando minhas mãos de seus olhos. ― Te procurei em todo hotel!
― Desculpa… ― eu disse enquanto me sentava na outra cadeira da mesa.
Peguei o copo de Coca dele, que agora estava vazio e eu enchi para tomar um pouco.
― Hein!? ― Ele perguntou. ― Você sumiu por trinta minutos!
― Ah… eu fui lá no banheiro do chalé… eu não te disse? ― Eu tentei mentir.
― POR TRINTA MINUTOS!? ― Ele gritou. ― Tava fazendo o que no banheiro!? Batendo punheta!?
― Shhh! Para de gritar isso! ― Ele falou tão alto “batendo punheta” que acho que o casal de velhinhos que estava sentado perto da gente ouviu e nos olhou estranho. ― E não! Eu não estava batendo punheta! ― Menti.
Ele me olhou confuso.
― Lucas! ― Ele gritou e me deu um tapinha no ombro. ― Você é um péssimo mentiroso! Não acredito que você me deixou aqui para ir bater punheta! Me trocou pela sua mão, agora!? Filhedaputa!
― Eu não tava batendo punheta! ― Eu reclamei.
― Ah não!? ― Ele disse e se levantou.
― Que foi!? ― Perguntei.
Daí ele veio em minha direção e eu gritei:
― Saí!
E, do nada, ele veio com sua mão tentando enfiar nas minhas calças.
― Rafa! ― Eu reclamei novamente. ― Saí fora! ― Eu disse enquanto tentava fazer ele parar com isso. Os velhinhos estavam nos olhando.
Mas ele era mais forte e conseguiu enfiar a mão na minha bermuda.
― Você tá molhado! ― Ele gritou.
Os velhinhos da mesinha do lado nos olharam perplexos.
― É água! ― Eu me defendi.
Ele levou a mão até o nariz e cheirou.
― NÃO! NÃO É! Seu punheteiro de uma figa! Não acredito que você me deixou aqui esperando pra ir bater punheta! O que você tem na cabeça!? ― Ele gritou. ― Se você ficou excitado com aquela história da ideia que eu tive, devia ter me falado! A GENTE PODIA TER IDO BATER PUNHETA JUNTOS!
Nessa hora, eu juro que eu ouvi a velhinha dizendo: “Minha nossa senhora!”.
― Desculpa… ― eu disse e olhei para baixo. ― É que… fazia muito tempo que…
― Ei! ― Ele gritou. ― Mas… espera… eu fui no chalé!
― Shhh! Rafa, para de gritar e senta aí! ― Eu pedi. ― E fala baixo!
Ele se sentou na cadeira, cruzou os braços e esperou minha explicação.
― Olha… ― resolvi contar a verdade. ― Eu estava no chalé…
― ―
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Na mesma hora, ele ficou mais pálido que o normal… ele ficou sem reação e abriu a boca.
― Espera… não, não, não… você e o Gabriel!? ― Ele perguntou confuso.
― O que!? ― Eu perguntei.
Quando me dei conta do que ele estava pensando, tratei logo de esclarecer tudo. Ele devia estar achando que quando Gabriel abriu a porta do quarto para recebê-lo, a “companhia” que Gabriel mencionara era na verdade eu e não Juliana.
― NÃO! ― Eu gritei. ― CLARO QUE NÃO! Olha! Me escuta!
― Tô escutando… ― ele disse.
― Eu fiquei com dor de barriga, tá bom!? Mas eu tava com vergonha de falar pra você… daí eu fui até o banheiro do chalé e… ah… você entendeu…
― Porquinho! ― Ele me zoou.
― Cala a boca! ― Xinguei.
― Isso não explica nada! ― Ele reclamou.
― Deixa eu falar, então! Aí, enquanto eu tava no banheiro, Gabriel apareceu com Juliana no quarto…
― O QUEEEE!? ― Rafa soltou um grito. ― VOCÊ TAVA NO CHALÉ ENQUANTO ELES…?
― Shhhh! ― Eu gritei. ― Shhhh! Para de gritar, porra! Olha, eu fiquei preso no banheiro porque eles chegaram arrancado as roupas! Fiquei com muita vergonha de sair, pois… além deles já estarem seminus, o cheiro do banheiro não estava lá essas coisas… daí eu fiquei sem saber o que fazer… e daí tudo aconteceu muito rápido… depois de alguns segundos eu já comecei a ouvir gemidos! E… como você queria que eu saísse de lá!?
― Mas não era você que ficaria constrangido, se atrapalhasse os dois… ― ele tentou argumentar.
― É fácil falar, Rafa… desculpa… daí tive que esperar os dois fazerem…
― Meu deus, Lucas… você é maluco! Deu pra ouvir alguma coisa? ― Ele perguntou.
― Tudinho… não é à toa que isso aconteceu… ― eu disse e apontei para meu pau.
― Eca… você bateu uma pro meu irmão? ― Ele perguntou com cara de nojo.
― Não! ― Reclamei. ― Não é bem assim!
― Que nojo, Lucas! É meu irmão!
― Exatamente! ― Eu disse. ― É seu irmão, não meu… você pode até ter nojo, mas eu não… e você tem que admitir que ele é bem gostoso…
― Não, não é! ― Rafa discordou.
― É sim… ― Eu disse rindo. ― Mas você é mais… ― eu o elogiei.
― Bela tentativa, espertão… ― ele ficou enciumado.
― Ei… você não vai acreditar em como a Juliana chamou seu irmão…
― Como!? ― Rafa perguntou curioso.
― Senhor pauzudo… ― eu disse rindo.
Nessa hora, o Rafa teve um ataque de risos.
― SENHOR PAUZUDO!? ― Ele gritou.
Nessa hora, os dois velhinhos que estavam perto da gente se levantaram e foram embora… posso jurar que o velhinho saiu rindo e sua esposa saiu xingando a juventude alternativa.
― Aham… ― eu disse rindo.
― Preciso zoar ele disso…
― NÃO! ― Gritei. ― POR FAVOR! ELES NÃO SABEM QUE EU ESTAVA NO BANHEIRO!
― Ah… ah é… espera… eles não sabem?
― Não…
― ―
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― Você ouviu eles transando e eles não fazem ideia? ― Ele perguntou.
― Sim… eles estavam com pressa… não foram até o banheiro…
― Que isso! ― Ele disse chocado.
― Então não conta nada, por favor… ― eu pedi.
― Tá… claro que não… ― ele concordou.
Ficamos rindo por mais ou menos cinco minutos, até que eu me lembrei de algo…
― Mas e aí, Rafa… você disse que tinha tido uma ideia… pra fazer na cama…
― Ah… sim… eu tive… e tenho certeza de que você vai adorar…