Rafa caminhou em minha direção e se sentou ao meu lado. Estávamos bem afastados do Lual e a música já tinha se tornado abafada o suficiente para ouvirmos somente os sons das ondas no mar.
Ele se sentou ao meu lado e não disse nada, só ficou olhando o mar comigo, que agora já estava suficientemente negro e assustador por causa da noite. Estávamos sentados na areia de uma praia deserta e o céu estava estrelado e brilhante acima de nós. As ondas salgadas do mar faziam um barulho suave e doce e a brisa estava agradavelmente fresca.
― Não vai dizer “eu te avisei”? ― Perguntei pra ele.
― Desculpa… ― ele disse e olhou para mim. ― Me sinto um idiota…
― Você não tem que se desculpar… ― expliquei. ― Foi ideia minha…
― Mesmo assim… eu não devia ter deixado você querer fazer isso…
Não respondi nada… só continuei em silêncio olhando pra frente.
― Não vou mentir pra você… eu tinha gostado da ideia, no começo, quando você sugeriu… mas… quando eu beijei o primeiro garoto, eu pensei melhor e me lembrei por que te levei pra sair hoje… aí perdi totalmente o interesse em beijá-lo… e tudo ficou tão sem graça…
Ele me olhou, para ver se eu falava alguma coisa. Mas continuei em silêncio olhando pra frente.
― Enquanto eu beijava ele, percebi que não queria estar fazendo aquilo… eu queria estar beijando você… e não ele… daí eu olhei para você, mas… você parecia ter tudo sobre controle…
― E eu tinha. ― Eu disse.
― Tenho certeza de que sim. ― Ele respondeu e me esperou continuar.
― É só que… ― eu disse enquanto limpava o nariz. ― Algumas pessoas conseguem ser cruéis às vezes…
― Olha, me desculpa… de verdade… ― ele disse gesticulando com as mãos.
― Não tô falando de você… ― expliquei.
― De quem, então? ― Ele perguntou surpreso.
― É besteira… ― eu disse olhando pra baixo. ― O último menino que você beijou…
― O que tem ele?
― Foi o primeiro menino com quem eu conversei… ele não quis ficar comigo… ele me deu um fora… disse que era hétero… e depois… quando eu vi você beijando ele… eu fiquei com um pouco de raiva… e de ciúmes… me desculpa…
― Olha, eu é que sinto muito… me desculpa…
― Você não fez nada de errado, Rafa… devia se orgulhar do dezesseis a zero.
― Me orgulhar de que, Lucas? Deixa de besteira. Sinto que eu sou o maior idiota do mundo…
― Pelo menos você não vai ter que ser passivo pelo resto do ano… ― eu disse melancolicamente.
― Aff… esquece isso… ninguém venceu essa aposta, até porque eu roubei…
― Roubou? ― Eu olhei surpreso para ele.
― Desculpa…
― Roubou como? Subornou os garotos?
― Não! Acha que eu tenho dinheiro pra fazer isso?
― Acho… ― eu disse e não consegui segurar o riso.
Ele ficou mais aliviado quando me viu rindo.
― ―
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― Quando eu te beijei na festa, eu não fechei os olhos… eu aproveitei o nosso beijo para ver quais garotos ficariam de olho na gente…
― Foi por isso que você fez a gente girar igual dois idiotas no meio da pista? ― Eu perguntei começando a entender.
― É… flagrei três meninos salivando enquanto olhavam pra gente… faltou só eles tirarem foto…
― Os que você ficou…
― Sim… então… eu roubei… considere um empate… eu não comecei do zero, como você…
Ficamos em silêncio por um tempo. Daí eu abracei ele, que estava sentado ao meu lado, e disse:
― Obrigado.
Ele me abraçou de volta e beijou minha cabeça.
― Lucas… eu realmente odiei ter apostado isso com você, sabe…? Como eu estava dizendo, me arrependi muito quando beijei o primeiro garoto… foi tão… estranho… e sem graça… eu nem fiquei duro!
Eu ri dessa parte.
― Acontece que… ― ele continuou dizendo. ― Não gostei de ficar com outros garotos… e, sinceramente, eu não gostaria de te ver fazendo o que eu fiz…
Nessa hora, eu olhei para ele…
― Confesso que eu já estava pensando nisso fazia um tempo, mas eu não tinha certeza de como fazer para te propor isso… ― ele disse e segurou minha mão. ― Olha… no baile que a gente foi, quando você me contou sobre aquele menino que você beijou…
― Matheus… ― eu disse ao me lembrar dele.
― Sim… na hora, eu até achei engraçado… e ainda acho… e, como já te disse, acho que você tem o direito e a liberdade de explorar sua juventude como bem quiser…
Nessa hora, nossos dedos se entrelaçaram. E ele continuou dizendo:
― Tá… então… como você sabe, eu tento não ser tão cabeça dura com você, mas… recentemente, eu venho pensando bastante sobre isso… e, o que eu queria dizer, é que… eu não sei se te ver beijando outra pessoa me faria bem… quando beijei o primeiro menino hoje, tentei imaginar o que você estava pensando… talvez você estivesse de boa com isso, uma vez que foi você quem sugeriu a aposta… mas aí eu tentei me colocar no seu lugar… o que eu pensaria se te visse beijando outro menino assim… do jeito que eu fiz… e eu acho que eu ficaria magoado… daí comecei a me sentir um idiota… o que você sentiu?
― Ah… eu acho que… algo bem próximo disso… ― eu respondi.
― Pois é… e, quando beijei o primeiro garoto, eu pensei em desistir da aposta… e, sinceramente, não sei por que não desisti… acho que pensei em dar mais um tempo pra você, mas… eu não devia ter feito isso… tô me sentindo um idiota… isso é péssimo…
Continuei ouvindo ele em silêncio.
― Pois é… então, desde o baile, eu venho pensando bastante nisso… até hoje, eu não sabia muito bem o que pensar a respeito disso… tanto é que eu aceitei a aposta… a ideia de nós dois ficarmos com pessoas novas pareceu ser uma boa ideia… mas, sinceramente, eu não acho que foi… e, se a noite de hoje serviu para alguma coisa, foi só para me fazer ter certeza de que eu não gostaria de te ver beijando ninguém que não fosse eu. É isso. Se você quiser ficar com alguém, vai lá… quem sou eu para te impedir? Mas… agora, mais do que nunca, eu sei que não gostaria que isso acontecesse… desculpa, mas… eu te amo muito pra isso… eu te amo muito pra te ver beijando outra pessoa…
Ele disse e me deu um beijo na bochecha.
― ―
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― Eu não sou uma pessoa muito ciumenta, mas… acho que é por que nunca tive algo para ter ciúmes… nunca tive nada que me faria muita falta se fosse tirado de mim… exceto você… e, a cada dia que passa, eu te amo mais e meu medo de perder você só cresce…
― Isso não vai acontecer… ― eu disse.
― Eu sei. E eu tô muito arrependido do que fiz essa noite… se pudesse, voltava no tempo…
― Gatinho… ― eu disse apertando sua mão.
― Me desculpa, de verdade…
― Já disse que não tem do que se desculpar!
― Obrigado… ― ele agradeceu.
Olhei para ele e fiz um biquinho, sinalizando que era para ele me beijar. E assim ele fez. Demos um selinho rápido e voltamos a olhar para o céu.
― Mas, como eu estava dizendo… ― ele continuou. ― Acho que ainda dá tempo de salvar a noite…
― Salvar a noite? ― Perguntei surpreso.
― Sim… Lu… eu te levei pra sair hoje porque queria te propor uma coisa…
― Me propor uma coisa? ― Eu disse rindo. ― O que? Vai me pedir em casamento?
Mas ele não riu. Ao invés disso, me olhou sério.
― Ah, qual é! ― Eu exclamei.
― Se lembra do presente…? Se você me ama muito…
― Não, Rafa… você não pode me pedir em casamento! ― Eu disse rindo de ansiedade enquanto ficava nervoso.
Ele enfiou a mão no bolso e retirou algo de lá de dentro, que manteve em sua mão fechada. Daí ele abriu sua mão lentamente e eu vislumbrei dois aneizinhos prateados.
― Puta que pariu… você tá me pedindo em casamento… ― eu gritei assustado.
― Deixa de ser besta! ― Ele gritou e me deu um empurrãozinho com o ombro. ― Não tô te pedindo em casamento… ainda… são alianças de namoro, seu idiota!
― São lindas… ― eu disse encantado.
― Gabriel me levou pra fazer… eu pensei que você fosse gostar…
― Eu amei! ― Eu disse surpreso.
― Olha… ― ele me mostrou uma das alianças. ― Tem nossos nomes gravados dentro…
Pude ver dentro do anelzinho prateado brilhante os nomes gravados em baixo relevo “Lucas e Rafael”.
― Você colocou meu nome na frente! ― Eu exclamei.
― Não foi por amor. ― Ele disse rindo. ― Foi por ordem alfabética.
― Sei… ― eu disse enquanto me derretia por dentro.
― Eu achei que seria legal usarmos aliança por dois motivos: O primeiro é que ela simboliza a fidelidade e a lealdade que poderíamos ter um com o outro daqui pra frente… o que acha?
― Você quer dizer… nada de ficarmos com outros meninos?
― Não só isso… ― ele explicou. ― Devemos sempre ser honestos um com o outro. Nunca mentir. Nunca esconder algo. Sempre devemos procurar um ao outro nas horas de perigo, de tristeza, de necessidade, de qualquer coisa… sempre!
― Concordo plenamente… ― eu disse começando a ficar emocionado.
― E… o segundo motivo… e o mais importante… é que essas alianças representam a nossa união… por mais distantes que estivermos, nunca estaremos sozinhos, se estivermos com elas… você estará comigo e eu estarei contigo, presentes nelas… pra você se lembrar de mim, basta tocar na sua… e pronto! Estaremos juntos… não importa aonde!
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Eu não sabia o que dizer… só sorri para ele.
― Me empresta? ― Ele disse pedindo minha mão.
Entreguei minha mão esquerda para ele e ele vestiu a aliança no meu dedo anelar. Peguei a outra aliança de sua mão e fiz sinal para que ele me desse a sua também. Vesti a aliança em seu dedo e disse:
― Te amo, Gatinho… sério mesmo… só você pra pensar numa coisa dessas…
― Também te amo… e o céu é testemunha disso…
Nessa hora, ele se aproximou de mim e nós nos beijamos. Agora sim eu estava mais apaixonado por ele que nunca. Como alguém conseguia ser tão doce e meigo assim? Ele tinha enfiado uma flecha no meu coração e eu não tinha a menor intenção de tirá-la de lá.
Sua língua invadiu minha boca e nós demos um beijo de língua delicioso. Sem dúvidas, beijá-lo era melhor que beijar qualquer pessoa. Isso era um fato. Cada vez mais eu me apaixonava por esse menino. E cada vez mais ele se apaixonava por mim. Gostávamos tanto um do outro que eu já me sentia casado.
Nesta mesma noite, ele me perguntara sobre o nosso futuro. E eu lhe respondi que não gostava de pensar sobre isso. Mas, depois que recebi uma declaração de amor tão forte quanto essa, parei para refletir. E quer saber de uma coisa? Não me importava o meu futuro, desde que o Rafa estivesse presente nele. Sério… eu podia ser rico, pobre, morrer velho ou jovem, ser cheio de saúde ou não… se o Rafa estivesse comigo, estava tudo bem… poderíamos cuidar um do outro… poderíamos sobreviver a qualquer coisa…
Estávamos nos beijando de lado. Ambos estávamos sentados na areia, nos abraçando. Foi quando ele veio pra cima de mim e me empurrou pra trás.
― Não! ― Eu gritei. ― Porra… por que fez isso? ― Me referi ao fato dele ter me jogado na areia. ― Você está me sujando de areia! ― Reclamei.
― O que acha de fazermos aquela ideia que eu tive? ― Ele disse se sentando em cima de mim.
― Rafa… já disse que não vou fazer com você numa praia pública.
― Ah, qual é… não tem ninguém aqui! ― Ele insistiu.
― Tem uma rua a cem metros da gente. Pode aparecer qualquer um a qualquer momento.
― Ah, vai! Por favor! Vamos fazer aqui e agora!
― Não temos nem lubrificante… ― eu argumentei. ― Vai doer em mim… fora que tem muita areia… incomoda…
― Então tive uma ideia melhor… ― ele disse enquanto se deitava em cima de mim.
― Se não for fazer sexo em público, por mim tá ótimo… ― eu disse rindo.
― Bom… você sabe que o Gabriel tá com a Juliana…
― Sim… ― eu disse vendo aonde ele queria chegar.
― E que nosso quarto tá vazio…
― Sim…
― E se…
― Estou ouvindo.
― E se a gente fosse pro hotel agora… ― ele disse e me deu uma fungada no pescoço.
― Aham…
― Entrássemos num quarto… ― agora ele estava mordendo meu pescoço.
― Estou gostando…
― E eu deixasse você aproveitar isso aqui…
Daí ele pegou minhas duas mãos e colocou na sua própria bunda.
― ―
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― Tá falando sério? ― Perguntei procurando qualquer sinal de insinceridade em seus olhos.
― Uhum…
― O que te fez mudar de ideia? ― Perguntei.
― Desculpa não revezar com você… vou tentar ser mais compreensivo, nas próximas vezes…
― Hum… obrigado… ― eu agradeci.
― Mas tem uma condição! ― Ele disse.
― Aff… eu sabia… nada de você vem de graça…
― Você tem que admitir que prefere dar pra mim do que me comer!
― Aff… fala sério… mas quem disse que isso é verdade? ― Perguntei me fingindo de bravo.
― Lucas… por favor… todo mundo sabe…
― Aff… tá… que seja…
― Admita, então…
― Eu admito…
― Admite o que?
― Rafa… ― eu supliquei.
― Lucas! ― Ele implorou.
― Eu admito que prefiro dar pra você do que te comer… mesmo isso sendo uma grande mentira… satisfeito?
― Muito. Negação é o primeiro passo da aceitação… ― ele disse rindo.
― Não é não! De onde tirou isso? E agora você me deixou todo sujo de areia, seu bosta! ― Eu o xinguei enquanto nós dois nos levantávamos do chão.
― Ah… é só sua camiseta… e, logo, logo, você não vai mais precisar dela.
― Espero que não. ― Eu disse. ― Me ajuda, por favor? ― Pedi.
Ele veio até mim e começou a tirar a areia das minhas costas e da minha bunda.
― Vamos, então? ― Eu o chamei para ir embora.
― Espera… acho que tem areia dentro da sua cueca… ― ele disse rindo.
― Bela tentativa… ― eu disse enquanto me virava para ficar de frente pra ele.
― Ah… qual é… ― ele disse decepcionado.
― Ah! Quase me esqueci! ― Eu gritei. ― Seu presente! ― Eu disse enfiando a mão no bolso.
Retirei de lá de dentro o colarzinho que eu havia acabado de comprar, cujo pingente era de um leãozinho em posição de ataque.
― Nossa! Que surpresa! É para mim? ― Ele se fez de bobo.
― Retardado! Deixa eu botar em você!
Ele inclinou a cabeça e eu passei o cordãozinho sobre ela. Ele pegou o pingente e ficou olhando-o por alguns segundos.
― Obrigado. Gostei bastante. ― Ele agradeceu.
― Eu também…
― Então vamos? ― Ele perguntou.
― Vamos! ― Concordei.
Saímos daquela praia deserta e voltamos para o Lual de mãos dadas, porque lá poderíamos pegar um táxi de volta para o hotel.
Confesso que era estranho usar aliança… segurar a mão do Rafa tinha se tornado diferente… dava para sentir o metalzinho entre nossas mãos… era estranho, mas era legal…
― ―
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Agora estávamos passando pelo Lual para irmos embora. Foi quando eu avistei o barzinho do Marcos. Seria legal me despedir dele, uma vez que ele foi a melhor companhia da noite… sem falar que eu tinha acabado de ter uma brilhante ideia.
― Espera! ― Eu disse para o Rafa. ― Vem aqui!
― Aonde? ― Ele perguntou.
Fomos para o barzinho do Marcos. Quando ele nos viu, ele disse:
― Boa noite, meninos! Resolveram voltar?
― Boa noite, Marcos! ― Eu disse e mostrei meu dedo anelar para ele.
― Uau… isso foi mais rápido do que eu pensava…
― O que foi!? ― Rafa perguntou confuso.
― Vou preparar os Diamantes de Ouro, então… ― ele disse rindo e enquanto pegava algumas garrafas embaixo do balcão.
― Esse é o Marcos… ― eu disse para o Rafa. ― Além de ser o melhor barman do mundo, também tem uma bebida especial para os recém-casados…
― Ah… ― Rafa disse surpreso. ― Recém-casados? Hahaha…
― Foi ideia sua… ― eu disse. ― Agora não adianta se arrepender…
― Acho difícil isso acontecer… ― ele disse sorrindo.
― Prontinho, meninos… ― Marcos disse e nos serviu duas taças contendo um líquido amarelo claro.
― O que vai nessa? ― Eu perguntei enquanto pegava uma das tacinhas.
― Essa vai uma dose champanhe, suco de abacaxi, suco de guaraná, essência de kiwi e algumas gotas de xarope de hortelã.
― Champanhe não tem álcool? ― Eu perguntei.
― Tem, é por isso que eu usei um espumante sem álcool, no lugar… mas fica tão bom quanto…
Rafa pegou a outra taça e me olhou.
― E tem alguma frescura pra tomar isso? ― Ele perguntou. ― Tipo… entrelaçar os braços?
― Não… mas, se vocês quiserem… não vejo problema…
Daí o Rafa fez sinal para que eu passasse meu braço em volta do dele.
― Isso é muito brega… ― eu disse com um pouco de vergonha.
― Eu sei… ― ele disse rindo da minha cara. ― É ridículo.
― Aff… ― eu suspirei.
Daí eu cedi e passei meu braço em volta do dele. Ele me olhou nos olhos enquanto bebíamos o drink especial.
― Delícia… ― ele disse quando terminamos de beber.
― Não é? ― Eu concordei. ― Obrigado, Marcos! ― Eu agradeci o barman.
― Hahaha… aproveitem a nova vida a dois… ― ele nos orientou.
― Então… podemos ir agora? ― Rafa perguntou. ― Acho que está na hora da lua de mel…
― Oh deus… ― eu disse enquanto botava a tacinha de volta no balcão. ― Marcos… acho que vamos indo… tudo de bom pra você… e muito obrigado pelos drinks!
― Não tem de que, meninos. Até logo!
― Tchau! ― Nós dois nos despedimos.
Depois disso, pegamos um táxi e voltamos para o hotel. Assim que chegamos, saímos literalmente correndo para o nosso chalé. Entramos, trancamos a porta, verificamos se estávamos sozinhos mesmo, e daí a putaria começou…
Primeiro o Rafa retirou minha camiseta e me empurrou com força na cama.
― ―
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― Nossa… que violência toda é essa? ― Eu perguntei pra ele.
― Você ainda não viu nada! ― Ele respondeu com um sorrisinho safado.
Ele também subiu na cama e veio engatinhando até mim. Eu estava usando uma calça jeans apertada e meu pênis estava duro e de mal jeito na cueca, daí fiquei com um volumão maior que o normal.
― Afinal, temos que dar um jeito nisso aqui… ― ele disse e deu um tapinha no meu pau.
Só que esse maldito tapinha acertou meu saquinho também…
― Auuuuuuch! Cuidado!
― Foi mal! ― Ele se desculpou enquanto tirava a camisa.
Quando ele a tirou por completo, pude contemplar seu peito nu. E, preso ao seu pescoço e decorando seu peito estava o colarzinho que eu tinha lhe dado.
― Nunca pensei que ficaria tão sexy em você… ― Eu disse enquanto encostava a mão na sua barriga.
Ela estava quente, mas era um quente bom… um quente gostoso. Daí ele se sentou exatamente em cima do meu pau e eu pude sentir sua ereção me tocar de volta. Dava para sentir ela latejando ali dentro de sua cueca.
― Deixa eu te amarrar? ― Ele pediu.
― Ah… qual é… ― eu disse rindo. ― Tá tentando sabotar nosso sexo?
― O que!? Sabotar? Nosso sexo? Por que eu faria uma coisa dessas?
― Você quer me amarrar na cama pra poder me comer sem que eu reclame? ― Eu perguntei rindo.
― Não! ― Ele se defendeu. ― É só que… dizem que sexo assim dá mais prazer…
― Dizem? ― Eu disse rindo. ― Quem diz isso?
― A internet?
― Isso é coisa de pervertido! ― Eu disse zoando ele. ― E desde quando você procura essas coisas na internet?
― Ah… desculpa, então… ― ele disse se fingindo de triste. ― É que eu pensei que você fosse gostar de ficar amarrado na cama enquanto eu me esfregasse no seu corpo coberto de óleo e de suor sem que você pudesse fazer nada a respeito… e que quando você gozasse, seu pênis ia ficar tão sensível, mas tão sensível, que você implorar para que eu parasse de foder, mas eu ia ignorar seus gritos e seus gemidos e ia continuar cavalgando no seu pau coberto de porra e de lubrificante enfiado no fundo do meu cuzinho… e você ia gemer… e como ia… e ia gemer de dor e de prazer… e ia gritar meu nome e ia acordar o hotel todo… mas eu não ia parar… e você não ia poder fazer nada a respeito, porque você estaria amarrado… e eu gozaria muito ao sons de seus gemidos… e deixaria toda sua barriga melecada com a minha porra… e ia continuar fodendo até que você gozasse de novo… e de novo… e de novo… até que seu pinto não aguentasse mais ficar de pé…
Quando ele terminou de falar, eu estava de boca aberta. E, no próximo instante, eu ria initerruptamente enquanto ele usava um de seus cintos de lona para prender um de meus pulsos na cabeceira da cama.
― Não acredito que concordei em fazer isso… ― eu disse rindo.
― Você vai gostar… ― ele disse enquanto prendia meu outro braço.
― Já estou gostando… ― eu disse enquanto sentia meu coração se acelerar.
E agora eu estava definitivamente preso. Meus dois pulsos estavam amarrados na cama. Eu estava vestindo apenas minha calça jeans e meu pau não parava de latejar ali.
― Faz tanto tempo que a gente não faz isso… ― eu comentei enquanto observava ele sair da cama. ― O que tá procurando? ― Perguntei.
― O lubrificante. ― Ele disse enquanto mexia nas suas coisas.
― ―
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Daí ele pegou um tubinho escrito KY e voltou para a cama. E essa foi a última coisa que eu vi.
― Ei! Você não disse que ia me vendar! ― Eu reclamei quando ele cobriu meus olhos com minha camiseta que estava jogada em cima da cama.
― Mas vendei. E você não pode fazer nada, porque está amarrado! ― Ele me provocou.
― Ouh… agora estou entendendo como isso funciona… ― eu disse rindo nervosamente.
Rafa se sentou em mim e eu tive um pequeno arrepio quando senti suas mãos passearem pelo meu corpo. Nessa hora, respirei fundo, ergui meu corpo e fiz alguns movimentos de vai e vem com a cintura. Aí eu senti ele desabotoando minha calça e abaixando meu zíper. No próximo segundo eu estava de cueca em cima da cama. Pude sentir que ele também ficou de cueca quando se sentou em cima de mim novamente.
― O que você está aprontando? ― Perguntei.
Mas ele não respondeu, ao invés disso levou sua língua até minha barriga e foi subindo com ela até chegar no meu pescoço. Usei meus pés para sentir suas pernas enquanto nossas coxas se encostavam. A cada passada de mão que ele me dava, eu sentia um arrepio.
Foi quando ele subiu em cima de mim e, do nada, senti alguma coisa encostar na minha boca.
― Abre. ― Ele ordenou.
― O que é…
Mas fui interrompido com um pinto entrando dentro da minha boca.
― …isso. ― Terminei de falar conforme ele ia enfiando seu pau duro na minha boca.
― Agora chupa!
E fiz como ele mandou. Eu não estava enxergando nada, mas pude perceber que era seu pintinho por causa do gosto e da textura… e suas pernas encostadas nos meus braços também denunciavam isso… comecei a chupar seu pintinho como se uma fosse uma chupeta. Ele estava durinho e fazia pressão no meu céu da boca conforme tentava se levantar para ficar completamente ereto. Rafa fazia uns movimentos de vai e vem conforme socava em minha boca.
Chupei ele por uns trinta segundos até ele sair de cima de mim e me agarrar pela cueca. Levantei a bunda, para que ele pudesse retirar a última peça de roupa que cobria meu corpo e eu fiquei completamente nu.
Ficar completamente pelado na cama me fez tremer todo. Fazia muito tempo que eu não ficava assim e meus hormônios estavam à flor da pele. Meu coração batia cada vez mais rápido, uma vez que eu estava completamente à mercê da boa vontade do Rafa.
Senti suas mãos se encostarem nas minhas coxas e, em seguida, elas percorreram meu corpo todo. Ele passou suas mãos pelo meu abdômen, pelo meu tórax, pelas minhas axilas até finalmente alcançar meus braços e, em seguida, meus pulsos. Conforme ele se inclinava para levar suas mãos mais longe, ele ia se deitando sobre mim e me presenteando com uma incrível sensação de prazer de ter seu corpo colado ao meu.
Ele enfiou sua língua o mais fundo possível na minha boca e tivemos uma troca de saliva intensa. Tentei chupar seus lábios o máximo que conseguia, pois sabia que dentro de alguns instantes ele partiria com sua boca para o meu pau. Tentei fazer nosso beijo ser o mais delicioso o possível. Para isso, tentei explorar bastante sua boca com a minha língua e chupar seus lábios com os meus. O gosto de sua boca me fazia delirar de tesão. No meio do nosso beijo, meu pau latejou tão forte que eu pensei que fosse gozar ali mesmo. Abracei ele com as pernas e o prendi para mim. Ele retribuiu o carinho fazendo alguns movimentos de vai e vem com a virilha. Lembrando que ele ainda estava de cueca e eu não… mas por pouco tempo.
― ―
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Quando ele separou sua boca da minha, pude ouvi-lo retirando sua própria cueca. Segundos depois, senti um pano tocar meu nariz e minha boca. Inspirei aquele cheiro de menino que exalava daquela cuequinha e senti meu saquinho doer, de tanto tesão. Não era um cheiro docinho como o aroma de um abacaxi ou de um morango, mas nem por isso era um cheiro ruim. Pra falar a verdade, era um cheiro delicioso. Sua cueca tinha um cheiro forte de menino, um cheiro de suor da região viril, um cheiro juvenil e fresco, um cheiro de adolescência, de puberdade, de menino que acabou de brincar de correr, um cheiro de menino que gosta de bater punheta quando os pais não estão em casa, um cheiro de menino que gosta de ver revistas pornográficas escondido… e, esse cheiro se misturava com o delicioso aroma de cueca limpa e transformava-se num dos cheiros mais provocantes do mundo. Sua cueca, em seu estado atual, era o tipo de troféu que qualquer um se orgulharia em guardar. Sentir esse cheiro só me fazia querer trepar com ele para sempre, como se minha vida dependesse disso. Cheguei até a morder os dentes, de tanto prazer que senti.
E o maldito não tirou a cueca da minha cara… deixou ela lá… para que eu pudesse sentir seu cheiro em cada respirada que eu desse. Não reclamei, tampouco.
E, do nada, senti uma coisa gosmenta e gelada escorrer pelo meu pau. Ele estava derramando lubrificante em mim.
― Você queria que eu te chupasse? ― Ele perguntou. ― Por que agora já botei lubrificante…
― NÃO! ― Eu gritei. ― Tá ótimo assim… só continua… ― eu implorei enquanto sentia aquelas mãozinhas percorrerem meu membro.
Ele começou a espalhar o lubrificante por todo meu pau e também usou as mãos para massagear meu saquinho, conforme lubrificava ele também.
― Lucas, você pode lubrificar minha bunda, por favor? ― Ele pediu se fazendo de bobo.
― Ah… qual é… eu quero fazer isso! ― Eu pedi.
― Ah… mas me parece que você está com as mãos ocupadas, não é? ― Ele disse se referindo ao fato de eu estar amarrado. ― Parece que vamos ter que achar outro jeito, então…
Foi quando eu senti ele despejar lubrificante em grande quantidade no meu pau, na minha virilha e na minha barriga.
― Rafa! Que que você tá fazendo!? Vai acabar com o tubo! ― Eu disse rindo das cócegas que sentia com isso.
― Relaxa…
Foi quando ele encostou a bunda na minha barriga toda melecada de lubrificante e começou a rebolar ali para poder se lubrificar também. Quando senti a sensação que isso me provocava, tratei de calar a boca. Foda-se se o lubrificante ia acabar… eu queria sentir isso para sempre!
E, se não bastasse ele ficar rebolando com a bunda na minha barriga, ele foi recuando para trás até chegar na minha virilha. Nessa hora, ele agarrou sua bunda pelas bandas e deixou seu cuzinho exposto. Daí começou a esfregar ele em mim para lá e para cá. E ficou “se lubrificando” conforme ia me deixando louquinho de tesão com esse esfrega-esfrega frenético.
Daí ele agarrou meu pintinho com a mão direita e o posicionou bem na entradinha de seu cú. E ele começou a se abaixar conforme fazia meu pênis lhe penetrar.
― Aaaaaaaahh! Lucas! ― Ele gemeu conforme eu ia me adentrando nele.
Primeiramente, senti uma forte pressão na minha cabecinha. Era apenas a sua entradinha naturalmente se opondo ao que estávamos prestes a fazer. Essa pressão inicial era tão deliciosa… me fazia ver estrelas… mas ela logo passou quando senti meu pinto ser completamente engolido para dentro de seu cuzinho faminto.
― ―
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Seu cuzinho era bem apertadinho, quente e, volta e meia, dava uma latejada que me fazia tremer de tesão. E ele era bem apertadinho mesmo… muito gostosinho. Eu adorava penetrá-lo porque sempre que eu fazia isso, podia sentir meu pênis sendo estimulado em todos os pontos ao mesmo tempo. E nada se comparava a isso. Era muito bom.
Minha cabecinha o penetrou tão profundamente que eu pude sentir seu intestino se fechar contra ela.
― Aaaaaaaaaaa! ― Ele gemeu de prazer. ― Nossa, Lucas! Acho que seu pinto cresceu desde a última vez que fizemos isso…
― Jura!? ― Perguntei.
― Aham… ― ele disse gemendo. ― Nossa…
― Mas tá doendo? ― Perguntei preocupado.
― Não… não… só tá… bem mais gostoso… AAHHHHH! ― Ele gemeu mais uma vez.
― Você parece feliz… ― eu disse zoando ele.
― Estou… muito… nossa… uau… ― ele gemeu quando meu pênis atingiu o mais fundo possível.
Daí eu senti ele colocar suas duas mãos melecadas de lubrificante no meu peito para se apoiar. E, lentamente, ele começou a subir com a sua bunda fazendo com que a pressão na minha cabecinha aumentasse. E, lentamente, ele foi se sentando novamente no meu pau, deixando com que este o penetrasse livre e profundamente.
Meu pau estava tão duro, mas tão duro, que ele não ousava se mexer. Tudo que Rafa tinha que fazer era subir e descer, que meu pinto ficaria imóvel. E comê-lo era simplesmente sensacional.
Daí ele começou a cavalgar em cima de mim com uma intensidade maior. Eu estava no céu. Era uma das melhores sensações do mundo, sentir meu pau ser estimulado diretamente pelo buraquinho apertadinho e quente. Seu cuzinho possuía uma textura com algumas vilosidades que levavam o sexo para outro nível. Era, sem dúvidas, o melhor jeito de se ser estimulado para gozar. Minha pernas, que eram as únicas partes do meu corpo que eu podia mexer livremente, dançavam desesperadamente na cama conforme meu corpo experimentava tamanho prazer proibido.
E tudo era extremamente gosto e delicioso com ele. E agora ele cavalgava com ainda mais força em cima de mim. E nossos corpos já estavam começando a ficar suados por causa do calor do quarto. Nosso sexo estava mais quente que nunca. De vez em quando, em meio a essas cavalgadas, Rafa encostava seu saquinho na minha barriga, e ele estava muito quente. Seu pinto também estava, uma vez que nós estávamos no meio de uma intensa atividade sexual. E, pela pontinha de seu pênis, que já estava bastante vermelho, escorria uma gora de pré-porra transparente e brilhante.
A cada enfiada que eu dava nele, saía um pouquinho de pré-porra pelo seu pau. Provavelmente por conta da estimulação que sua próstata estava sofrendo com a penetração anal. E, embora estivesse de olhos fechados, podia sentir ele me comendo com os olhos. Eu podia jurar que aqueles olhos azuis não se desgrudavam do meu peito… ou da minha boca, que eu mexia descontroladamente a cada pontada de prazer que eu sentia se espalhar pelo meu corpo.
Gemidos eram o que não faltavam. Gemíamos como dois meninos virgens, que de virgens não tinham nada. E fazíamos amor num quarto quente, numa cama quente com nossos corpos fervendo de paixão.
E Rafa parecia estar se deliciando com cada penetrada que ele fazia meu pau lhe dar. Ele só não estava sentindo mais prazer que eu, que estava doidinho aqui embaixo. Nossas
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respirações estavam descontroladas e não parávamos de chamar o nome um do outro. Fazia tanto tempo que não trasávamos assim que parecia ser a nossa primeira vez novamente.
― Ah… ah… ah… ― eu gemi. ― Acho que vou gozar… ― eu disse.
― Manda ver… ― ele concordou enquanto passava as mãos pelo meu corpo.
E, sem pensar duas vezes, enfiei meu pau o mais fundo possível nele, que ao perceber que seu cúzinho estava prestes a ser inundado de porra, colaborou com a estocada e permitiu que meu pau avançasse ainda mais fundo em seu interior.
― Aaaaaaaaaaaawnnnt! ― Eu gemi num grito desesperado e repleto de prazer.
Senti todo meu fluido juvenil ser sugado do meu saco pelo meu pau, que expeliu tudo dentro daquele cuzinho faminto, que chupou e engoliu tudinho até a última gota.
Mexi minhas pernas desesperadamente enquanto gozava e sentia meu pau ser encharcado com minha própria porra. Fazia tempo que eu não tinha um orgasmo desses. Comer o cuzinho do Rafa era, sem dúvidas, a melhor coisa do mundo! Gozei tanto que pude sentir parte da minha porra escorrendo pelo seu buraquinho e caindo no meu próprio corpo. E agora eu estava morto. Mole e morto. Enquanto respirava fundo sentindo o alivio que o orgasmo tinha me proporcionado ao levar toda tensão sexual embora.
― Rafael do céu… ― eu gemi enquanto sentia a melhor sensação do mundo.
― Gostou? ― Ele perguntou.
― Sim… muito… ― eu admiti. ― Ficar vendado e amarrado levou a coisa pra outro nível… qualquer dia vamos fazer com você…
― Oba! ― Ele disse feliz. ― Mal posso esperar…
― Agora pode me soltar… ― eu disse enquanto respirava fundo mais uma vez.
Lentamente, ele foi se levantando e deixando com que meu pênis saísse de dentro dele. Daí ele veio até mim e tirou a camiseta que estava tampando meus olhos. Quando os abri, dei de cara com seu pênis, que apontava pra minha cara.
― O que você tá fazendo? ― Perguntei fazendo uma cara de preocupado.
― Deixa? ― Ele perguntou se referindo ao fato de gozar na minha cara.
― Ah, qual é… na minha cara?
― Por favor! ― Ele pediu.
― De onde você está tirando esses fetiches malucos?
― Hum… internet?
― Olha, vamos precisar ter uma conversinha sobre o que você está acessando nessa sua “internet”.
― Então você deixa?
― Sério!? Isso é mesmo necessário!? ― Eu perguntei.
― Ah… quer saber? Você tá amarrado… você tem é que ficar quieto!
Daí ele começou a se punhetar na minha cara.
― RAFA! ― Eu gritei. ― Ai deus…
― Se eu fosse você, fechava os olhos… ― ele me alertou.
― RAFA! ― Eu gritei e fechei os olhos.
E foi aí que um jato de porra atingiu minha cara. Parte do jato pegou nos meus olhos, me impossibilitando de abri-los novamente, e outra parte pegou na minha boca, que estava aberta, pois eu estava o repreendendo através de seu nome.
― Ahhhh… ― eu disse enquanto sentia a porra escorrer pela minha língua e pela minha garganta.
― Aaaaaaaaaaaaawnt! ― Ele gemeu fortemente enquanto enchia minha cara de porra…
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Voou porra para tudo que é lado… pegou nos meus olhos, no meu nariz, nas minhas bochechas, na minha boca, no meu queixo, na minha testa, no meu pescoço, até no meu cabelo! Na cama, no travesseiro, em tudo! O garoto gozou o que podia em mim. Lambi o que alcancei com minha língua e disse:
― Dá pra me soltar, agora!? ― Eu pedi.
― Lucas, você não ouviu nada do que eu falei àquela hora!? ― Ele perguntou enquanto se afastava e pegava meu pinto com sua mão melecada de lubrificante.
Eu não podia abrir os olhos, pois tinha porra em toda minha cara. Ele tinha trocado minha camiseta por porra… eu continuava cego… e eu não podia fazer nada a respeito, pois estava preso.
Foi quando eu senti ele posicionar meu pinto duro e sensível sobre sua entradinha e ele se sentou com tudo. Quando meu pinto o penetrou completamente, tive um espasmo. Eu tremi, porque a sensibilidade na minha cabecinha estava muito alta e ele tinha acabado de mandá-la pra dentro mais uma vez. Eu, sinceramente, não sei se aguentava transar de novo. Eu queria descansar, mas, pelo visto, hoje seu cuzinho estava faminto e seu apetite sexual estava insaciável.
― Vamos foder até você não aguentar mais… ― ele disse rindo sadicamente.
― Mas eu não aguento mais! ― Eu reclamei.
― Não é o que seu pinto diz… ― nessa hora, sem querer, ele latejei. ― Viu!? ― Ele disse. ― Vamos, preciso disso, Lucas… você precisa me comer direito…
― Ai meu deus… ― eu gemi de prazer. ― Dá pra pelo menos limpar minha cara? ― Pedi.
Ele veio até mim e começou a lamber minha cara. Eu não acredito que ele estava limpando a própria porra com a língua… alguém estava atiçado hoje… acho que algum leãozinho estava com fome… e queria comer muito…
― Gostou? ― Ele perguntou quando terminou de lamber minha cara toda.
― Por mais estranho que pareça… sim… ― eu disse enquanto abria os olhos.
Daí ele voltou a se sentar no meu pau e o botou pra dentro mais uma vez.
― Aaaahh… ― eu gemi por causa da sensibilidade.
― Lá vou eu… ― ele disse e voltou a cavalgar em cima de mim.
No começo, foi difícil aguentar, porque minha cabecinha tava sensível pra porra… e, a cada esfregada que ela dava no cuzinho dele, eu gemia incontrolavelmente… mas, logo fui me recuperando e me adaptando ao segundo round. Se o Rafa queria mais, o que eu podia fazer… eu tinha de satisfazê-lo, né… essa era a minha função como um bom namorado…
E, se ele estava tendo tanto prazer fodendo assim, o que eu podia fazer… mas, me recuperei rapidamente do baque do primeiro orgasmo… acho que isso acontece quando se passa tempo demais sem fazer sexo. Aparentemente, estava muito disposto essa noite…
E nós continuamos transando ali selvagemente. Aos gritos, aos gemidos, aos chupões, aos beijos, às cavalgadas e às penetrações intensas. Ambos suados, excitados e apaixonados. Se, para gozar pela primeira vez, eu levei uns oito minutos, para segunda, eu levei uns quinze. Comer o Rafa assim era sensacional… era maravilhoso…
No segundo orgasmo, mais uma vez meti tudo o que conseguia naquele cuzinho guloso dele e gozei como nunca. Foi uma gozada boa… gozei bastante… o cheiro de porra e de saliva que ele tinha deixado na minha cara tinha deixado tudo mais erótico… duvido que o cheiro da porra dele ia sair fácil… aposto que esse cheiro ia me perseguir pelos próximos três dias. Não que fosse um cheiro muito forte… mas sua porra estava engrossando a medida que ele se aventurava nas águas misteriosas da puberdade. Dia após dia, eu podia perceber que seu cheiro
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ficava mais forte e mais marcante. Não era o melhor gosto do mundo, mas… não era ruim… era sexy…
Quando gozei pela segunda vez, já estávamos bem suados. Exigiu muito mais esforço físico, o segundo round. Foi mais intenso. Sem falar que agora transamos olhando olho no olho. Foi diferente, mas continuei amarrado.
Assim que gozei, morri. Fiquei mais mole do que já estava. Eu não aguentava mais… duas vezes num intervalo de tempo tão curto era exagero. Haja vigor sexual para isso… só que o Rafa ainda não tinha gozado, então… ele ainda estava no pique da excitação.
― Oh meu deus! Isso foi bom! ― Eu gemi. ― Nossa… caralho… meu deus… o que foi isso que fizemos! ― Gemi.
― Gostou, é!? ― Ele perguntou com um sorrisinho safado no rosto.
― Muito! ― Eu disse enquanto sentia o alivio que só o orgasmo podia proporcionar.
Daí ele começou a cavalgar novamente.
― RAFA! ― Eu gritei. ― Chega… chega… por favor… agora deu… espera um pouco, pelo menos…
― Ah, qual é… só mais um pouquinho! ― Ele pediu.
― Espera, então… deixa eu me recuperar…
― Vai… só mais um pouquinho… só até eu gozar! ― Ele pediu.
E ele continuou cavalgando no meu pênis ultrassensível. Não a acredito que eu ia ter que fazer isso…
― RAFA! ― Eu gritei. ― Então me come… pelo menos…
― Sério!? ― Ele perguntou surpreso.
― Sério. ― Eu disse. ― Aqui na frente já deu o que tinha que dar… vai pra trás, agora…
― OBA! ― Ele gritou e eu ri da reação besta dele.
Daí ele passou lubrificante no pau e, logo em seguida, senti um dedinho na minha entradinha.
― Aaahh… ― eu gemi e meu pau latejou de prazer.
No instante seguinte, senti seu dedinho me penetrando para me lubrificar por dentro.
― Isso vai ser bom… ― ele suspirou.
― Né!?
Depois da segunda gozada, que eu saí de dentro dele, meu pau amoleceu e a tensão sexual sumiu. E eu sentia uma satisfação plena e completa dentro de mim. Era como se todo meu apetite sexual tivesse sido satisfeito. E nada no mundo era tão bom quanto essa sensação de leveza que eu estava sentindo. Mesmo assim, eu ainda queria dar para o Rafa… afinal, ele tinha que gozar mais uma vez pelo menos, pra gente ficar igual.
E, alguns segundos depois, ele já estava com seu pauzinho todo dentro de mim. Eu adorava o diâmetro do seu pintinho… era perfeito… era do tamanho certo que cabia em mim… acho que se fosse um pouquinho maior, o sexo já se tornaria um tanto quanto dolorido… mas, do tamanho que era, era perfeito…
Depois que ele meteu em mim, ele precisou de apenas um minuto me comendo para gozar. E como foi gostoso esse um minuto…
Como eu ainda estava amarrado, eu não podia mexer meus braços e ele podia se aproveitar de mim livremente. E o modo como ele passou a mão em mim, o modo como ele passou a língua em mim, o modo como ele provocou prazer em mim… foi indescritível… foi realmente muito bom.
Acho que quando ele gozou pela segunda vez, ele se mobilizou com a minha situação. Tanto é que ele acabou me soltando logo em seguida. Acho que ele sentiu na pele a ultra sensibilidade que um round dois pode nos proporcionar.
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Quando terminamos de transar, caímos exaustos na cama.
― Isso foi… ― eu comecei dizendo.
― Uau… ― ele completou.
― Uau… ― eu concordei.
Daí ele me olhou e, logo em seguida, ergueu a mão para admirar sua aliança.
― Ficaram realmente lindas, não ficaram? ― Ele comentou.
― Sim… ― eu disse enquanto me virava para abraçá-lo. ― Sabe o que precisamos agora? ― Eu perguntei.
― Fazer sexo? ― Ele sugeriu.
― Não… nunca mais vamos transar… ― eu disse rindo. ― Só se for pra gozar na sua cara…
― Ué… simpatizou com meu novo fetiche? ― Ele perguntou rindo.
― De forma alguma… só quero descontar o trabalho que você me deu hoje…
― Pode ser agora? ― Ele perguntou.
― Você ainda tá aguentando? ― Eu perguntei surpreso. ― Não é possível…
― Hahaha… claro que não… round três, só amanhã…
― Concordo… mas, o que estamos precisando, é tomar um banho… o cheiro da sua porra tá impregnado na minha cara…
― Desculpa… ― ele disse. ― Na hora, parecia uma boa ideia…
― Pra você, só se for…
― Você devia ter aberto mais a boca… ia te poupar de tanto trabalho mais tarde… lembre-se disso da próxima vez…
― Ah não… não vai ter próxima vez… você não vai gozar na minha cara de novo…
― Quero ver se você vai falar isso quando eu te pendurar no teto… ― ele disse me zoando.
― É… realmente precisamos conversar sobre esses sites que você anda entrando… ― eu disse rindo.
― Quer tomar banho, então? ― Ele sugeriu.
― Bora!? ― Eu disse animado.
É… depois dessa nossa noite de sexo selvagem, fomos tomar um banho calmo e tranquilo… quer dizer… era pra ser calmo e tranquilo… até rolar o round três… e, acredite ou não, fui eu quem iniciei a terceira pegação… sei lá… só me deu vontade… e só posso te dizer que o Rafa fez um ótimo trabalho aqui atrás usando um mero sabonete e um chuveirinho…
Quando saímos do banho, vestimos nossas cuecas e caímos exaustos na cama… felizes e satisfeitos… nessa noite mágica de verão.